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Economia Terça-feira, 10 de Maio de 2011, 17:37 - A | A

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Terça-feira, 10 de Maio de 2011, 17h:37 - A | A

Mercado

Commodities ganham espaço nas exportações brasileiras, diz Ipea

Brasil continua vendendo a matéria prima (a commoditie) a preços baixos e comprando produtos manufaturados, mais caro devido a sua transformação

DA FOLHA DE SÃO PAULO

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou um estudo nesta terça-feira que confirma o que diversos setores do mercado produtivo vêm alertando: o Brasil tem focado suas exportações em commodities e perdido espaço na venda de produtos de maior intensidade tecnológica, de maior valor.

Na análise dos autores do material, Fernanda De Negri e Gustavo Varela Alvarenga, a perda de participação do mercado do Brasil coincide com o aumento da participação das commodities na pauta, a partir de 2006 e se acentua depois da crise, entre 2008 e 2009.

Desde os anos 1990, a participação das commodities nas exportações brasileiras oscila ao redor dos 40%. Entre 2007 e 2010, esta participação saltou 10 p.p. (pontos percentuais), alcançando 51% das exportações brasileiras.

Com o atual ciclo de valorização das commodities, o país conseguiu ampliar significativamente a participação brasileira no comércio mundial, mas não tem investido na diversificação do setor produtivo. Na prática, isso significa que o Brasil vende a matéria prima (a commoditie) a preços baixos e compra produtos manufaturados, mais caro devido a sua transformação.

Entre 2006 e 2009, o Brasil perdeu participação de mercado em todos os grupos de produtos, exceto commodities e petróleo. "Ou seja, nos últimos três anos, a 'primarização' da pauta de comércio do país não é apenas resultado de um desempenho excepcional das exportações brasileiras de commodities, mas também reflete a perda de participação --ou seja, de competitividade- do país no comércio internacional em todos os outros grupos de produtos, especialmente os mais intensivos em tecnologia.

Para os autores, os impactos de longo prazo advindos do atual cenário externo, bem como as alternativas de política existentes capazes de amenizá-los, devem ser discutidos para que o país não continue perdendo competitividade.

A justificativa, apontam os autores, é de que a maior fatia do comércio internacional continua sendo composta por produtos industriais de alta e média intensidade tecnológica -- que representam hoje cerca de metade dos fluxos de comércio.

A volatilidade das commodities tem preocupado diversos mercados mundiais, que sofrem com o surto global inflacionário, proporcionado em parte pela demanda aquecida dos país emergentes, em especial a China, segunda maior economia mundial. Os focos principais de preocupação foram o petróleo e matérias-primas metálicas, como a prata, que estão com preços extremamente elevados.

EM ALTA

O país aumentou o nível de exportações de minérios (especialmente o minério de ferro) em relação a 2009, e este produto foi o principal responsável pelos 51% do total exportado em commodities em 2010.

O açúcar também teve um papel importante em 2010, crescendo em participação total, enquanto itens como carne e soja tiveram uma participação proporcional na pauta de exportações brasileira menor que em 2009. Segundo o Ipea, no caso da soja, "além do aumento da exportação de outros produtos, uma explicação possível é a competição com os EUA, que exportaram mais para o maior país asiático".

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