Preso pelo Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) suspeito de tráfico de drogas, o estudante de Engenharia Civil Mike Gabriel Simionato, 23 anos, afirmou, durante audiência de custódia, que foi torturado pelos policiais durante a sua prisão. Além disso, o estudante reclamou que não recebeu nenhuma alimentação no período em que ficou detido na Central de Flagrantes, localizada no bairro Verdão, em Cuiabá.
A prisão do suspeito aconteceu no dia 12 de março. Conforme o boletim de ocorrência, policiais estavam em rondas quando o suspeito conduzindo um veículo em atitude suspeita.
Ao abordar o jovem, os PMs encontraram no veículo três porções de maconha e uma de cocaína. Sobre a droga encontrada em seu carro, Mike teria assumido que o entorpecente e de propriedade e que na sua residência teria outra quantidade.
Os policiais informaram no boletim de ocorrência que foram à casa do universitário e com a autorização do estudante iniciaram buscas no imóvel. Na casa, os agentes localizaram mais 15 porções de maconha, três de cocaína, uma porção de pasta base de cocaína, um pacote contendo oito comprimidos de ecstasy, uma unidade de LSD, uma balança de precisão e a quantia de R$ 9.625 em cédulas.
Ao ser questionado, o jovem teria dito que comercializa drogas há um ano. Diante de toda a materialidade, o universitário foi preso em flagrante e encaminhado à unidade policial para prestar depoimento.
Depois de ser ouvido pela autoridade policial, Mike foi encaminhado ao Fórum de Cuiabá. Durante a audiência de custódia, o estudante disse à juíza da 5ª Vara Criminal, Silvana Ferrer Arruda, que foi agredido por policiais da Rotam com murro na costela e no pescoço e tapa na cara.
Além disso, os militares teriam forçado o estudante a desbloquear o celular e os levarem à sua residência.
O suspeito disse ainda que os policiais civis não forneceram alimentos e que ele não foi levado na “primeira leva” para o Fórum. O jovem justificou que os agentes civis estavam esperando desaparecer as manchas em seu corpo.
Diante disso, a juíza determinou que as denúncias fossem encaminhadas às corregedorias das polícias.
Durante a audiência, o advogado do estudante Akio Gustavo Maluf Sasaki requereu o relaxamento da prisão do jovem.
Na sua decisão, Silvana acatou o pedido do advogado alegando que o entorpecente encontrado com o suspeito é de pequena quantidade.
“A situação fática retratada nos autos não aponta gravidade exacerbada a ponto de justificar a imposição da medida extremada, tendo em vista a pequena quantidade de cocaína encontrada com o recorrido (nove gramas), a comprovação de residência fixa e labor lícito no distrito da culpa e que, desde a sua liberdade, há mais de 03 meses, não se tem notícias de que tenha cometido qualquer ato atentatório à ordem pública, à ordem econômica, à aplicação da lei penal ou à instrução criminal”, diz trecho da decisão.
No entanto, o suspeito assinou termo de compromisso e tem de comparecer mensalmente ao Juízo de sua residência/domicílio para informar/justificar as suas atividades, recolher de forma integral em seu próprio domicilio nos dias de folga (sábados, domingos e feriados, durante o dia e durante a noite), no período das 20hrs da noite até as 06hrs da manhã e monitorado por tornozeleira eletrônica pelo prazo de 03 meses.
O que diz a Polícia Civil
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que não é dada alimentação a presos que ficam na unidade hé menos de 12 horas.
Veja a nota na íntegra
"Não há fornecimento de alimentação, uma vez que o tempo de permanência de uma pessoa detida enquanto se registra o flagrante é inferior a doze horas, na maioria das situações".
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Cidadão de Bem 01/04/2020
Alguém avise esse playboy que ele foi PRESO. Não estava em nenhum resort com All Inclusive. E outra questão é porquê a família do "eZtudante univerCitário" ou algum de seus clientes do tráfico não foram "dar uma força pro patrão", quem sabe até ganhar um "vale nóia" pela ajudinha...
1 comentários