Reprodução
Moradores de Itaóca, no interior de São Paulo, foram surpreendidos por um ninho gigante de vespas enquanto limpavam um imóvel abandonado. De acordo com o jornalista Ivan Edson, de 60 anos, o achado chamou a atenção dos moradores, que fizeram um mutirão para retirar a estrutura do local.
Ao G1, Ivan explicou que a 'casa' foi localizada no último fim de semana, enquanto uma equipe realizava a limpeza de uma residência na área rural de Itaóca. Logo no lado de fora da casa, os trabalhadores encontraram o ninho, já desocupado pelos insetos, grudado na parede.
Com aspecto frágil, o jornalista afirma que a estrutura, de aproximadamente dois metros de largura e 90 centímetros de altura, pesa aproximadamente 15 kg e foi retirada intacta do local.
O jornalista conta que foi chamado ao local pela equipe, que se assustou com o tamanho do ninho. Com a ajuda dos trabalhadores, Ivan conseguiu desgrudar e colocar a estrutura sobre seu carro e a levar até sua casa. Segundo o jornalista, a intenção é transformar o objeto em peça do futuro museu de Itaóca.
"Ninguém nunca tinha visto um ninho desse tamanho. É assustador mesmo. Pelo menos não tinha mais vespas, estão tivemos só o trabalho de tirar da parede com cuidado e colocar em cima do carro. É curioso, parece feito de papelão, vai virar um atrativo para os turistas", explica Ivan.
Risco
De acordo com Vidal Haddad Junior, especialista em toxinologia, o ninho sugere que pode ter sido construído por vespas-do-papel, as quais fazem seus ninhos mastigando e regurgitando papel. Peçonhentas, a picada das vespas pode causar alergias, além de dor intensa e possibilidade de envenenamento.
Ele aponta que ninhos grandes são incomuns e acontecem, principalmente, em áreas com pouca presença humana. Em caso do encontro com ninhos de vespas, Haddad orienta para que não sejam atirados objetos ou substâncias como combustível ou inseticidas, devido à agressividade dos insetos na defesa do território.
Ainda segundo o especialista, pessoas com alergias, bem como crianças e animais domésticos, devem ficar longe dos ninhos. A retirada das estruturas deve ser feita somente por pessoal especializado, segundo explica.
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