Alan Cosme/HiperNoticias
Abílio: "Me expressei mal e isso causo má interpretação"
"Não foi um recuo e o pedido de desculpas foi feito sim, mas à mãe do vereador Juca do Guaraná (Avante)". Assim respondeu ao questionamento do HNT/HiperNoticias, o vereador Abílio Júnior (PSC), após discurso dele, nesta quinta-feira (12), na Câmara de Cuiabá. O parlamentar ainda se comparou com o presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Dei uma de Bolsonaro, falei algumas coisas que não deveria falar e aí fui mal interpretado, talvez devesse ter pensado melhor antes de falar, pra não gerar essa interpretação errada”, pontuou.
Os dois vereadores têm nos últimos dias travado discussões ácidas por conta de uma denúncia feita pela servidora pública Elizabete Almeida que, em Boletim de Ocorrência disse que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), se reuniu recentemente, na casa de Juca, com um grupo de parlamentares, para arquitetar um esquema de compra de votos com o objetivo de cassar o mandato de Abílio, que é alvo de uma ação de quebra de decoro parlamentar pela Comissão de Ética da Câmara.
“Eu recebi mensagens do pessoal da Câmara aqui, me falando que a mãe do Juca do Guaraná estava bem chateada com toda aquela situação, porque dentro das conversas tinha um vídeo que mostrava ela preparando a comida e que ela ficou muito triste porque é a casa dela", afirmou Abiílio.
"Hoje o meu avô [ Pastor Sebastião Rodrigues] completa 45 anos de Mato Grosso e eu estava alegremente comentando na tribuna sobre meu avô e quis aproveitar e falar. Aproveitei e fiz um esclarecimento sobre a situação que aconteceu na casa do Juca, em que a mãe dele ficou chateada. Também expliquei que não tenho nada a ver com a situação, que aquilo foi fala da Elizabete e que acredito que tudo isso deve ser esclarecido. Vou aguardar agora o Ministério Público e a polícia investigarem, para ver se a gente coloca uma pedra em cima dessa história", destacou o vereador.
Abílio ressalta que muitos disseram que o pedido de desculpas foi para o Juca, entretanto ele ressalva que a intenção era se retratar apenas com a mãe do colega de parlamento.
“Vou deixar a polícia fazer o trabalho, até porque a mulher não entregou nenhuma prova e aí eu fico aqui o tempo todo discutindo esse assunto enquanto está rolando a licitação do transporte coletivo, estão rolando vários problemas lá no HMC [Hospital Municipal de Cuiabá] e eu perdendo tempo com esse assunto da casa do Juca do Guaraná e de cassação”, admitiu, lamentando a exposição que houve do caso.
"Eu já perdi 45 dias com isso. A polícia e o Ministério Público que apurem", concluiu.