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Terça-feira, 03 de Dezembro de 2019, 14h:40

"Montaram uma farsa para tentar me destruir e quero que seja apurado", diz Emanuel

Prefeito confirma reunião em casa de Juca do Guaraná, mas nega conhecer denunciante

PAULO COELHO

 

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) reforçou que vai até às últimas consequências para apurar a denúncia feita por ele de que a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração (Defaz) poderia estar sendo usada para prejudicá-lo.

Alan Cosme/HNT/HiperNoticias

emanuel pinheiro/HMC/3 fase

Prefeito Emanuel Pinheiro

Na última semana, um Boletim de Ocorrência (BO) foi feito pela servidora do hospital São Benedito Elizabete Almeida denunciando um esquema no qual o prefeito estaria articulando, em uma reunião na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante), uma “compra de votos” para a cassação do vereador oposicionista Abílio Júnior (PSC).

Conforme Emanuel Pinheiro, dois delegados que se recusaram a abrir investigação contra ele, com base no B.O, foram afastados da Defaz, o que, segundo o emedebista, pode configurar o uso do órgão para prejudicá-lo.

“Foi uma farsa montada e agora eu estou exigindo a investigação. Essa farsa começou com esse BO. Eu tenho maior respeito pela Delegacia Fazendária, por todos os membros de lá, delegados e agentes, mas isso tem que ser apurado”, disse o prefeito na noite desta segunda-feira (02), durante a entrega da nova Casa de Amparo, em Cuiabá. 

O chefe do Executivo Municipal disse ainda que resolveu exigir a investigação desse possível uso da máquina pública depois de receber informações de pessoas que ele considera idôneas e também devido às coincidências sobre alguns fatos.

Casa de Juca

Emanuel Pinheiro confirmou que esteve na reunião na casa do vereador Juca do Guaraná mas que isso é um programa comum que ocorre com frequência.

“Houve a reunião igual sempre teve. E essa senhora [Elizabete] não estava lá. Eu quero ir até às últimas consequências. Quero que essa mulher fale na imprensa. Nunca vi essa mulher. Estamos diante de uma farsa grosseira de uma violência à democracia e uma possível utilização do aparelho estatal para prejudicar uma autoridade pública”, reforçou o prefeito.

Assembleia Legislativa

Nesta segunda-feira (02) Emanuel foi à Assembleia Legislativa e apresentou a denúncia ao presidente e à vice-presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho (DEM) e Janaína Riva (MDB), respectivamente.

A intenção de Pinheiro é que o Parlamento abra investigação sobre o caso para averiguar se houve ou não o uso da máquina pública. “Eu pedi uma apuração e não vou me silenciar. Percebi que houve, da parte deles uma reciprocidade, uma preocupação grande, uma indignação e um susto, com essa situação”, ressaltou.

“Isso é uma violência inaceitável. Se fizeram isso com um prefeito da Capital, imaginem um cidadão comum. Não podemos aceitar em hipótese alguma o aparelho estatal ser usado contra ninguém e nem a favor de ninguém. É uma violência ao Estado democrático de direito, imaginar que o aparelho estatal está sendo usado para abraçar amigos e para atacar adversários”, completou.

Troca no comando

No mesmo dia em que Emanuel esteve na Assembleia, os delegados Anderson Veiga e Lindomar Aparecido Tofoli (titular e efetivo) da Defaz foram removidos de suas funções pela diretoria geral da Polícia Civil. Em nota, a Diretoria da PJC afirmou que as remoções são atos legais e frequentes na instituição. O governador Mauro Mendes e Casa Civil do Governo ainda não se pronunciaram sobre o assunto.