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Terça-feira, 19 de Novembro de 2019, 16h:59

Taques: presunção de inocência de Zaqueu deve ser respeitada

Ex-governador avalia possibilidade de comparecer à sessão legislativa, em dezembro, que julgará suas contas de governo, em 2018

PAULO COELHO

O coronel e ex-comandante da Polícia Militar,  Zaqueu Barbosa, condenado a oito anos de prisão, mais perda da patente, por envolvimento no esquema criminoso denominado Grampolândia Pantaneira,  deve ter o direito de presunção de inocência respeitado.

Essa afirmação é do ex-governador Pedro Taques (PSDB), que é apontado pelo próprio Zaqueu, como mandante desse esquema criminoso de interceptações telefônicas, instalado no âmbito do governo de Mato Grosso.

Assessoria / TCE

Pedro Taques

 Taques - Durante defesa oral, de suas contas no TCE-MT, em agosto

“Respeitamos o Poder Judiciário. Eu como advogado entendo que todos têm direito à presunção de inocência. Ele vai recorrer o que é absolutamente normal”, sustentou Pedro Taques.

Desse julgamento quatro dos cinco réus militares [Evandro Lesco, Gerson Corrêa, Ronelson Jorge, e Januário Batista) saíram livres, sendo apenas Zaqueu, condenado.

A condenação de Zaqueu, proferida no início deste mês, foi por unanimidade entre os quatro  membros do Conselho de Sentença. O cabo Gerson Corrêa, recebeu o perdão judicial e o coronel Evandro Lesco foi absolvido. Essas duas decisões se deram por maioria dos votos.

Já os oficiais Januário e Ronelson também foram absolvidos, a pedido do Ministério Público  Estadual.

Contas de Governo

José Pedro Taques terá as contas de governo de seu último ano de gestão (2018), apreciadas pela Assembleia Legislativa  no mês que vem. A matéria, que de forma unânime, recebeu parecer favorável à aprovação pelo Tribunal de Constas do Estado (TCE-MT), em agosto passado, deve ser uma das últimas pautas a serem apreciadas pelo legislativo em 2019.

“Eu espero  que a Assembleia cumpra seu papel constitucional”, minimizou o ex-governador em entrevista à imprensa, nessa semana. 

Pedro Taques, por sua vez, não descartou sua ida à Assembleia, no dia em que os deputados decidirão se aprovam ou reprovam o balancete do ano passado. O tucano usou essa estratégia quando da aprovação dessas contas pelo TCE, há três meses.

“A minha assessoria jurídica ainda não decidiu isso. Ainda não chegamos a essa conclusão. Se for o caso, iremos em respeito à Assembleia Legislativa”, declarou Taques.