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Segunda-feira, 18 de Novembro de 2019, 17h:17

UFMT nega participação em esquema milionário de revalidação de diplomas

KHAYO RIBEIRO

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) negou a participação em um suposto esquema milionário de revalidação de diplomas exposto pela Associação Médica Brasileira (AMB), no final de outubro.

Reprodução

ufmt

 Fachada da Universidade Federal de Mato Grosso campus Cuiabá

Segundo a associação médica, a UFMT colaboraria no suposto esquema por meio do programa “Revalida”. Os egressos dos cursos de medicina no exterior que não conseguiram revalidar seus diplomas procurariam empresas intermediadas por instituições públicas e privadas para facilitar o processo de revalidação.

Contudo, conforme apontado pela UFMT ao HNT/HiperNotícias, o Ministério da Educação garante por meio da resolução nº 3, de 22 de junho de 2016, que o “processo de revalidação poderá ser substituído ou complementado pela aplicação de provas ou exames e quando os resultados da análise comportamental, bem como os de exames e provas, demonstrarem o preenchimento parcial das condições exigidas para revalidação, poderá o requerente por indicação da instituição realizar estudos complementares”.

O argumento da universidade desmonta o apontamento inicial da AMB, uma vez que contrapõe a ideia de que as unidades federais terceirizariam as vagas para cursos complementares por meio de esquema criminoso.

À época, a reportagem entrou em contato com a UFMT a fim de verificar se a instituição possuía algum esclarecimento sobre o caso. "Uma vez que a demanda pela revalidação é grande e a UFMT oferece um número limitado de vagas, outras Instituições de Ensino Superior com curso de medicina reconhecido pelo Ministério de Educação (MEC) são cadastradas, por meio de um processo transparente e público, para que possam atender a esses candidatos", apontou a comunicação da universidade.

Além disso, a UFMT argumentou que, ao autorizar que os candidatos realizem os cursos complementares em instituições privadas, adota diversos procedimentos de controle, como: define o currículo do curso, especificando disciplinas e ementas; constitui comissões de avaliação e realiza visitas às comissões para certificar o cumprimento do plano de ensino.

A UFMT ressalta ainda que o MEC, por meio da Câmara de Educação Superior, manifestou-se sobre a legalidade dos editais e considerou a conduta da Faculdade de Medicina criteriosa durante todo o processo.

"Por fim, a Instituição assevera que não reconhece qualquer agência, grupo, ou pessoa que se diga habilitada a intermediar vagas, ou contornar o processo rígido e legal para obtenção da revalidação do diploma junto à UFMT", finaliza a federal de Mato Grosso.