Dos sete imóveis que pertenciam ao ex-governador Silval Barbosa, apenas um foi arrematado no leilão, que teve a primeira praça encerrada nesta quarta-feira (16). O terreno localizado no Condomínio Portal das Águas, no Lago do Manso, foi vendido por R$ 524 mil.
O imóvel fica no município de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá).
Outros seis lotes ainda estão na lista para serem leiloados na segunda praça, que começa nesta quinta-feira (17) e vai até o dia 31 de outubro.
De acordo com Marcelo Miranda, da M7 Leilões, empresa responsável pelo evento, a partir da segunda praça os imóveis serão ofertados por 50% do preço avaliado.
“A segunda praça, conforme a regra do edital, começa com o valor da metade da avaliação do bem. Então, o que saia por R$ 10 por exemplo, agora começa por R$ 5. E as pessoas aguardam”, disse Miranda ao HNT/Hipernotícias.
Conforme ele, o terreno no Lago do Manso foi arrematado na primeira praça, pelo fato de estar bem valorizado. “Nos últimos dois anos pra cá, aconteceram duas coisas que valorizam esse imóvel. Primeiro, que acabaram os terrenos na beira do lago, não tem mais disponibilidade, e segundo é a questão do valor mesmo”, destacou.
Os outros seis imóveis que não foram arrematados são a Fazenda Serra Dourada II, avaliada em R$ 33 milhões e com lance inicial de R$ 16 milhões; Fazenda Lagoa Dourada I, avaliada em R$ 10 milhões e com lance inicial de R$ 5 milhões; Fazenda Lagoa Dourada, avaliada em R$ 2,9 milhões e com lance inicial de R$ 1,4 milhão.
Tem também um apartamento no Edifício Riviera de América avaliado em R$ 1,2 milhão e com lance inicial de R$ 601 mil; um imóvel no Edifício Manchester com valor de R$ 310 mil e com lance inicial de R$ 155 mil. Por fim, um imóvel residencial no município de Matupá, no valor de R$ 2,4 milhões e com lance inicial R$ 1,2 milhão.
Dinheiro para presídios
No último dia 14, o juiz Leonardo de Campos Costa e Silva Pitaluga, da Vara de Execução Penal de Cuiabá, determinou que o dinheiro arrecadado no leilão de bens do ex-governador Silval Barbosa seja direcionado para utilização específica na reestruturação do sistema prisional do Estado. Os bens do ex-gestor, que estão a leilão após acordo de delação premiada, são orçados em cerca de R$ 51 milhões.
Conforme Pitaluga, o valor alcançado deve ser usado para a reforma e ampliação da Penitenciária Central do Estado (PCE), Centro de Ressocialização de Cuiabá, o antigo Carumbé, e ou outras unidades prisionais que estejam superlotadas ou com problemas estruturais.
Ainda de acordo com o juiz, os R$ 51 milhões também ajudarão no término da nova unidade prisional da Comarca de Várzea Grande, na construção de prédio próprio da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), a ser instalada em Mato Grosso.
Além disso, prevê a construção de unidade própria para cumprimento de pena no regime semiaberto, em Cuiabá, entre outros. Há planejamento de construção, ampliação de locais apropriados, nas unidades prisionais, para a realização de audiência por meio de videoconferência.
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