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Variedades Quarta-feira, 09 de Outubro de 2019, 14:15 - A | A

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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2019, 14h:15 - A | A

PARA MORADORAS DE RUA

Estudante desenvolve projeto de absorvente sustentável

G1

Com o projeto de um absorvente sustentável para mulheres em situação de rua, a universitária curitibana Rafaella de Bona Gonçalves conquistou uma das mais importantes premiações internacionais de design. A ideia é produzir o absorvente a partir de fibra de banana.

"É o melhor prêmio de design que existe. Uma das coisas que mais me motivou foi dar visibilidade ao tema do projeto. Só as pessoas pararem para pensar sobre o assunto já é muito bom. É gratificante", afirmou.

Rafaella tem 22 anos é aluna do 3º ano de design de produto da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em paralelo, decidiu fazer um curso de especialização em design voltado para soluções de impacto para o futuro.

O "Maria – absorvente íntimo" foi o trabalho de conclusão do curso, apresentado em julho. O objetivo era pensar em projetos para acabar com a pobreza.

"Queria trabalhar localmente. Comecei a procurar esse problema em Curitiba. Cheguei aos moradores de rua e, então, cheguei às mulheres em situação de rua. Tem problemas que só cabem a elas", contou Rafaella.

'Maria – absorvente íntimo'

O projeto desenvolvido em quatro meses pela estudante é um absorvente interno que se adapta às condições das moradoras de rua. Rafaella o define como "prático, higiênico e universal".

Ele será produzido com fibra de banana, que é um material biodegradável. O propósito de Rafaella é que o absorvente seja distribuído pelo governo.

Inclusive, a estudante tem reunião marcada com o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), para apresentar o projeto ainda em outubro.

Rafaella fez uma pesquisa e encontrou uma empresa que faz absorvente com fibra de banana na Índia. "Lá, a pobreza menstrual é um problema grande, por questões financeiras, culturais e religiosas", disse.

O absorvente projetado por Rafaella é um rolo. Para usá-lo, a mulher retira um pedaço do rolo de acordo com o fluxo e a necessidade.

Então, desdobra-se a aba que, após o uso, vai auxiliar a retirar o absorvente. Depois de desdobrar a aba, o pedaço do rolo é enrolado e fica pronto para ser usado.

"Com um rolo, pode fazer absorvente para três ciclos de sete dias", afirmou.

Por enquanto, o "Maria – absorvente íntimo" é um projeto. Rafaella ainda não tem previsão de quando o protótipo ficará pronto, nem uma expectativa de quanto seria o custo de um rolo. "Ainda não tenho ideia, dependeria da escala que o produto atingisse", explicou.

Conforme a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBFGE), que é de 2017, Curitiba tem 1.908.359 habitantes.

Dentro desse universo de quase dois milhões, 2.364 pessoas vivem em situação de rua, conforme a Fundação de Ação Social (FAS). Deste total, 2.154 são homens e 210 são mulheres.

A FAS compra, mensalmente, 1.856 absorventes para as unidades que atendem mulheres em situação de vulnerabilidade. Para as unidades que fazem atendimento a mulheres de rua, são entregues 736 absorventes por mês.

A coordenadora da Casa de Passagem para Mulheres e LBT, Camila Wenderico, explicou que a higienização é oferecida para as mulheres e transexuais atendidos ali.

Os portões das casas de passagem – são duas na cidade, uma no Rebouças e outra no Bairro Novo – ficam abertos das 19h às 20h. Nesse horário, as pessoas chegam para passar a noite e ficam até as 8h do dia seguinte.

"É ofertado todo o processo de higienização, além de alimentação, lazer e cama quentinha", explicou Camila.

Entre os itens que são distribuídos para a higiene, estão shampoo, condicionador, sabonete, toalha, escova e pasta de dente, lâmina para depilação e absorventes.

Acho importante todo trabalho em que a gente consiga unir população de rua com processos que ambientalmente garantam a sustentabilidade da cidade", afirmou Camila.

Camila disse que, hoje, as mulheres em situação de rua de Curitiba têm todo o suporte necessário. Contudo, ressaltou que ideias que voltem os olhares para essa população são bem-vindas.

"Soluções mais práticas para que essas mulheres tenham cada vez possibilidades mais fáceis. Já é tudo tão difícil para elas", disse.

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