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Domingo, 22 de Setembro de 2019, 09h:10

Protótipos dos dirigíveis são criados por engenheiro

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Os quatro atores que vão interpretar Santos Dumont em diferentes fases da vida se encontraram para testar os figurinos, na semana retrasada. A reunião, no entanto, trouxe outra surpresa: conhecer os protótipos criados Ken Yamazato que, embora formado em engenharia mecânica, autodenomina-se engenheiro de pipas e protótipos. Apaixonado pela história do inventor paulista, ele se especializou na reprodução dos balões e aviões criados por Dumont.

"O trabalho de Ken se encaixa perfeitamente na concepção do musical", observa o produtor Leonardo Faé. "Quando os atores manipularem a reprodução dos balões e dos dirigíveis com uma vara, o efeito será tanto lúdico como educativo." No dia em que se conheceram, os atores experimentaram criar voos para os delicados objetos - e o resultado foi satisfatório.

Yamazato conta que ficou atraído pelo projeto graças à sua vertente educativa. "Eu me empenho em divulgar a história de Santos Dumont em escolas, festivais, palestras, e o musical reúne esse conhecimento de forma agradável."

O segredo está na leveza dos movimentos - a mesma que vai inspirar a coreografia de Chris e Nilton Aizner. Na concepção da dupla, o espaço cênico vai apostar na sugestão a partir de um conjunto de escadas que, unidas ou separadas, vão incentivar o público a visualizar os galpões onde Santos Dumont passou parte da vida. E, para saciar a vontade dos aficionados por musicais, haverá um número de sapateado no momento em que a história for ambientada em Paris, onde o inventor brasileiro recebeu condecorações e foi reconhecido.

"Santos Dumont tinha uma fé inabalável de que, por meio do conhecimento, do estudo, da experiência, da ciência, poderia voar", comenta a autora do texto, Fernanda Maia. Trazer conhecimento por meio do entretenimento é o objetivo do musical. "Nossos projetos têm o intuito de inspirar o jovem a buscar o desenvolvimento integral dentro de uma vertente artística, mostrando que é possível se destacar e viver profissionalmente da arte", afirma Lia Maria Aguiar, presidente da fundação que leva seu nome. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)