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Quarta-feira, 18 de Setembro de 2019, 08h:38

Sachetti avisa que está no páreo e quer o apoio de Blairo em virtual disputa

PAULO COELHO

Se houver eleição suplementar ao Senado em Mato Grosso, quem também está dentro do páreo é o produtor rural, ex-deputado federal e ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PRB). Ele é um dos candidatos derrotados na disputa de 2018 e ficou em 4º lugar naquele pleito, com 333.082 votos, ou 12%  dos votos válidos.

“Eu estou preparado para essa disputa. Conheço nosso Estado como poucas pessoas conhecem, conheço a economia do Estado, conheço gestão pública, já fui prefeito, fui deputado federal, sei qual o trânsito de Brasília, portanto tenho conhecimento de causa”, disse Sachetti, em entrevista ao HNT/HiperNotícias nesta quarta-feira (18), acrescentando que de todos os possíveis nomes já ventilados para a eventual eleição suplementar, ”poucos  têm esse preparo que eu tenho”.

adilton e blairo

 Adilton e Maggi - amigos e aliados

Para Adlton Sachetti o formato de uma eleição suplementar para senador é sui generis (algo único). “Não se sabe se tem coligação ou não, ou se é só apoio, enfim, não sei como isso funcionaria”, observou, destacando que o mais importante numa candidatura como essa, é a construção de apoios.

“Tem que fazer gestão para ter apoios de pessoas que tenham influência política à sua candidatura”, disse, sem deixar de fora o mais importante de todos: “O apoio popular também, obviamente”.

COMPADRE BLAIRO

Adilton Sachetti  avisa que nos próximos dias terá um encontro com o ex-ministro Blairo Maggi(PP), que está em viagem aos Estados Unidos.

“Eu vou sentar com o Blairo na semana que vem e conversar sobre isso. Se ele for candidato, eu não serei. Se ele é candidato, eu tô fora. Blairo é meu irmão e eu vou fazer disputa dentro de casa”, avisou.

Porém, Blairo, que é ex-ministro e que também foi senador e governador de Mato Grosso, anunciou o fim de sua trajetória com mandatos políticos e que não mais se submeteria a uma disputa eletiva.

Em 2018, quando Sachetti ficou na 4ª colocação, o então ministro da Agricultura, Blairo Maggi se isentou e cumpriu promessa de não se envolver diretamente com nenhuma candidatura, uma vez que seu partido, o PP, havia fechado acordo com grupo político do então candidato ao governo Wellinton Fagundes (PL).

SELMA ARRUDA

Selma Arruda teve o mandato cassado em abril pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). Na ocasião, ela foi cassada por 7 votos a 0, por prática de caixa dois e abuso de poder econômico, além de propaganda fora do período legal, durante a pré-campanha. O processo agora trâmita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na última semana, a procuradora-geral eleitoral Raquel Dodge emitiu um parecer ao TSE se manifestando favoravelmente à cassação de Selma e à realização de nova eleição para o Senado em Mato Grosso. Como resposta, a senadora afirmou que estaria sendo perseguida pela procuradoria geral.

Para Sachetti, o deputado federal e presidente do PSL, Nelson Barbudo, tem legitimidade para também disputar a eleição suplementar. No entanto, faz uma avaliação política das consequências de a senadora deixar o partido do presidente Jair Bolsonaro, e o quanto isso pode prejudicar a virtual candidatura de Barbudo.

Sachetii, acredita que Selma tem um eleiutorado "apaixonado" por ela, e que deve acompanhar a migração dela para o PODEMOS. Selma deixou o PSL fazendo duras críticas à legenda e até ao filho do presidente, Flávio Bolsonaro.

“Mas ela está indo para outro partido. Se ela ficasse no PSL, para o Nelson seria melhor. Agora ela saindo, eu acho que o Nelson perde um pouco de força porque os apaixonados no PSL e na Selma, se o Barbudo fosse candidato, iriam apoiá-lo. Agora, a Selma indo para um outro partido, pelo menos uma parte desses apoios, ele perde com certeza”, opinou, salientando que “os apaixonados por Selma, dificilmente votariam em um candidato do PSL”.