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Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 14h:31

PCE muda regras aos detentos e divide visitas por raios e dias

LUIS VINICIUS

A diretoria da Penitenciária Central do Estado (PCE) definiu os horários e os dias em que os detentos poderão receber seus familiares na maior unidade prisional de Mato Grosso. As mudanças ocorrem enquanto o presídio passa por reforma e limpeza, na chamada “Operação Elison Douglas”, que visa acabar com as regalias dos presidiários.

Reprodução / TVCA

penitenciaria central do estado

 PCE é a maior penitenciária de Mato Grosso

Ao todo, serão quatro “setores” da unidade que poderão receber visitas, diferente como era antes da reforma. Além disso, as visitações que eram feitas nas quartas-feiras foram transferidas para as sextas-feiras. Os sábados e os domingos foram mantidos.

Os detentos cerca de 2.400 só podem ser visitados por parentes de primeiro grau.

Nas sextas-feiras, os detentos do Raio 1 e 3 poderão ser visitados.

Já nos sábados, será liberado a visita do Raio 5, chamado de Shelter, que é uma ala evangélica onde ficam os detentos afastados para tratamento.

Ainda no sábado, serão liberadas as visitas do "módulo de aço", onde ficam os condenados que prestam serviços no presídio.

Já aos domingos, será a vez dos presos do Raio 2 e 4.

O horário de entrada será das 07h30 às 11h30 e das 13h30 às 15h30 e terá apenas uma saída, ou seja, quem entrar no período da manhã irá sair apenas às 16hs, conforme o diretor da unidade Agno Ramos.

As visitações foram retomadas após ficarem mais de 30 dias suspensas. A medida foi realizada para que houvesse limpeza, obras e retiradas de objetos das celas como ventiladores, freezers e televisores.

Visitas íntimas

De acordo com o diretor, as visitas íntimas na direção da unidade serão mantidas, sendo realizadas na forma como eram anteriormente.

Apreensões

Durante os 30 dias de operação, mais de 300 celulares foram apreendidos. Além disto, os agentes também recolheram mais de 10 kg de drogas e uma grande quantidade de armas brancas, carregadores, baterias de celulares e bebidas alcoólicas (‘Maria Louca’, uma bebida artesanal feita pelos próprios presos como resultado da fermentação de arroz e cascas de frutas cítricas). 

Apesar das apreensões de nível significativo, o diretor aponta que durante a operação dizem que os indicadores apontam para o sucesso da ação, já que até agora nenhum disparo de arma de fogo foi feito. Os atendimentos médicos, de dentista e ambulatoriais estão mantidos. Além disto, as saídas para realização de audiências judiciais estão ocorrendo normalmente.   

“A segunda etapa é necessária para concluir a reforma e aperfeiçoar os procedimentos de rotina da penitenciária. Com a conclusão da obra, os visitantes terão mais conforto ao visitarem os presos e o procedimento de atendimento dos advogados e defensores”, disse Agno. 

 

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