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Terça-feira, 20 de Agosto de 2019, 17h:55

Rosa Neide diz que teve vida pessoal invadida e agredida pela Defaz

FERNANDA ESCOUTO

A deputada federal Rosa Neide (PT) usou o perfil na página do Facebook, nesta terça-feira (20), para dizer que se sentiu exposta durante a busca e apreensão feita em sua residência, na operação “Fake Delivery”, deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública (Defaz). A parlamentar classificou ainda, a ação da polícia como "desnecessária".

Lula Marques

Rosa Neide

 

“O que a vida quer da gente é que tenhamos coragem. Vocês sabem da situação que eu estou passando de ontem para cá. Não sei se todo mundo é capaz de imaginar, o que é ver a vida pessoal sendo invadida e agredida. Expor minhas filhas, o restante da família a uma situação sem nenhuma necessidade”, postou a petista.

Na rede social, a deputada destaca que jamais tentou prejudicar as investigações e que está à disposição da polícia. Ainda na segunda-feira (19), durante a busca e apreensão em sua residência, Rosa Neide chegou a declarar que houve pirotecnia por parte da Defaz.

“Com gestora estarei sempre à disposição para dar esclarecimentos. A vida de um gestor público se torna pública, mas a vida pessoal tem que ser preservada e respeitada. Mesmo passando por este momento muito difícil e por esta situação que não desejo a ninguém, fico muito grata a este momento que serviu para eu perceber o quanto sou respeitada e o quanto tenho amigos”, pontuou.

Operação Fake Delivery

As investigações apuram a aquisição de materiais destinados às escolas indígenas, em 2014, época em que Rosa Neide estava à frente da Pasta.

Elementos iniciais da análise dos processos apontam que parte dos materiais escolares foram entregues no setor de patrimônio da Seduc, correspondente ao valor de R$ 884 mil e que o montante de R$ 1,1 milhão em material foi “supostamente” entregue diretamente na sede da secretaria, ao então secretário adjunto de Administração Sistêmica, Francisvaldo Pereira de Assunção.

Conforme a Defaz, o recebimento das mercadorias diretamente por Francisvaldo, sem a identificação de entrega no setor de patrimônio, foi ratificado por provas testemunhais e documentais.

As testemunhas ouvidas indicaram que a aquisição seria uma determinação da então secretária, Rosa Neide. Em seu depoimento na Delegacia Fazendária foi detectado contradições, razão que motivou o pedido de busca e apreensão em desfavor dela.