O diretor de Atividades Especiais (DAE) da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, rebateu as afirmações da deputada federal Rosa Neide (PT), que classificou a “Operação Fake Delivery”, deflagrada na manhã desta segunda-feira (19), como “pirotecnia”. Em coletiva de imprensa, o diretor disse que os policiais foram até a residência em viaturas descaracterizadas e que apenas cumpriram o seu papel.
“Pirotecnia em hipótese alguma. Posso dizer que nós estivemos (na residência da parlamentar) em três veículos descaracterizados. Então, se nós quiséssemos fazer pirotecnia, a postura seria totalmente contrária a que realmente foi executada. Fomos de maneira discreta e apenas cumprimos o nosso papel”, disse Vasco na coletiva.
A Operação Fake Delivery apura um suposto desvio de R$ 1,1 milhão na aquisição de produtos para escolas indígenas. Os crimes teriam sido cometidos na época em que Rosa Neide comandava a Secretaria de Educação (Seduc), na gestão do ex-governador Silval Barbosa (sem partido).
Segundo a Polícia Civil, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de Rosa Neide, localizada no condomínio de luxo Alphaville, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. Ao HNT / HiperNotícias, a deputada disse estar "tranquila" e que não tem relação com as supostas fraudes relatadas pela Polícia Civil.
“Infelizmente, muita pirotecnia. Eu não estou em Cuiabá, e agora que estou me inteirando da situação. Estou muito tranquila, não tenho nada a ver com isso”, disse à reportagem.
Além da busca, os policiais cumpriram um mandado de prisão contra Francisvaldo Pereira de Assunção, 40 anos. O suspeito é ex-secretário adjunto de Administração Sistêmica e atualmente é assessor parlamentar do deputado Valdir Barranco (PT).
Ele foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-364, na cidade de Diamantino (200 km de Cuiabá). Ele foi localizado dirigindo um Renault Fluence, placas de Cuiabá, e relatou que seguia para Nortelândia (250 km de Cuiabá). A abordagem ocorreu por volta das 7h45 quando a equipe recebeu a informação que havia um mandado de prisão contra o condutor do referido veículo. O preso foi entregue a uma equipe da Polícia Civil.
IRREGULARIDADES
O caso teria ocorrido no final de 2014, entretanto somente em 2017, através do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção, a polícia teve acesso às irregularidades cometidas na gestão então secretária.
Cinco irregularidades foram detectadas, sendo elas, a ausência de comprovação da necessidade de aquisição dos materiais de expediente para escolas indígenas no montante comprado; ausência de planejamento nas aquisições; a falta de comprovação de vantagens na adesão carona de registro de preço nº. 05/2013 – derivada do Pregão Presencial nº. 04/2013, da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Universidade Federal de Mato Grosso – Fundação Selva; a inexistência de elaboração de contratos, vez que foram substituídos por ordens de fornecimento e por fim a ausência de comprovação de destino de material de expediente no valor de R$ 1.134.836,76.
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Crítico 19/08/2019
Onde há CORRUPCAO tem dedo do maldito PT
Helio Tarantino 19/08/2019
ESSE DELEGADO HÁ MUITO TEMPO COMETE ABUSO DE AUTORIDADE , SI QUER MIDIA ..
2 comentários