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Quinta-feira, 15 de Agosto de 2019, 15h:41

Após golpes em grupo de empresas, funcionários são demitidos por justa causa

LUIS VINICIUS

Os três funcionários que foram presos suspeitos de desviarem aproximadamente R$ 2 milhões do Grupo Ás serão demitidos por justa causa. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (15) pela diretoria das empresas.

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 Richelly Cabana

Serão demitidos, Júlio Cesar de Freitas, Rodolfo da Silva Bispo e a secretária pessoal do dono do grupo empresarial, Richelly Cabana Souza e Silva. De acordo com informações, os funcionários estão sendo notificados e deverão ser desligados nos próximos dias.

“Eles estão em processo de demissão por justa causa. Eles estão sendo notificados em suas residências para poderem comparecer à empresa para receber a justa causa. Eles confessaram o crime perante a autoridade policial”, disse um diretor que não quis se identificar.

Os funcionários foram presos na sexta-feira (9). A Polícia Civil informou que foram procurados pelos representantes das empresas Leila Malouf, Aguiar Silva e Rino, Marcal Costa e Souza, Françozi de Almeida & D Ambros, Novo Sabor Refeições Coletivas, Mahalo Cozinha Criativa e Serviços Organização Eventos.

Os proprietários dos estabelecimentos desconfiaram do desvio de dinheiro por parte de alguns funcionários. Em parceria com as informações repassadas pelo grupo, foi identificado uma transferência fraudulenta contra uma das empresas para o funcionário Júlio Cesar.

Diante da denúncia, os policiais iniciaram os trabalhos e prenderam os suspeitos. Depois da prisão, os funcionários foram encaminhados ao Fórum de Cuiabá onde passaram por audiência de custódia.

No procedimento, a magistrada determinou o relaxamento das prisões por não entender a situação de flagrante. Fato que foi contestado pela parte acusadora. 

Depois da determinação, os suspeitos foram liberados. Eles deverão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa em liberdade.

A investigação

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 Júlio Cesar Freitas

Segundo as investigações, Julio Cesar e Richelly eram responsáveis pela folha de pagamento do grupo e induziam os diretores a erros. Apresentando planilhas falsas de folha de pagamentos para aprovação e, após aprovados os pagamentos, os suspeitos alteravam a conta corrente beneficiária de alguns depósitos para a conta deles.

Richelly, segundo a Polícia Civil, sabia de todo esquema e passava informações para seus comparsas, recebendo quantias em dinheiro, oriundas dos desvios.

Com base nas investigações, os policiais da Derf Cuiabá realizaram a prisão em flagrante do trio logo após obterem a vantagem ilícita, por meio de uma transferência para a conta de Júlio Cesar. Os suspeitos foram detidos em seus locais de trabalho e conduzidos à Derf, onde confessaram o crime.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Rizzoto de Carvalho, os primeiros levantamentos apontam que o trio teria desviado aproximadamente R$ 2 milhões do grupo.

“A média mensal de desvios era de R$ 50 mil. Porém, em dezembro de 2018, aproveitando o período de pagamento de 13º salário, os suspeitos desviaram mais de R$100 mil”, disse o delegado.

 

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