O presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, disse estar otimista com a relação entre a entidade e o procurador-geral de Justiça, José Antonio Borges, quanto às investigações relacionadas à Grampolândia Pantaneira, esquema de interceptações clandestinas de telefones, instalado no âmbito do governo de Mato Grosso e que foi descoberto ainda na gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB).
“A gente percebe um avanço na condução dos trabalhos, que estão mais céleres e isso se deve à postura do novo procurador-geral de Justiça”, avaliou Leonardo, citando como exemplo a iniciativa de Borges de mandar fiscalizar denúncia do Cabo Gerson Corrêa, sobre a existência de desvio de finalidade na utilização de verbas secretas do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016.
Além disso, os dois têm conversado sobre o assunto, o que não vinha acontecendo entre OAB-MT e o ex-procurador-geral Mauro Curvo, que via empecilho legal no fato de a Ordem dos Advogados integrar o campo de investigações.
Respaldado por uma decisão do desembargador Orlando Perri, que consolidou a OAB nas investigações, Leonardo Campos salientou que, nesse momento, em meio às oitivas colhidas pela Justiça Militar na semana, envolvendo os coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco e o cabo Gerson, ele aguarda a juntada de documentos dos depoentes.
“A menos que alguém derrube essa decisão do desembargador Perri, nós iremos até o fim nessas investigações e, agora, só estamos esperando o cumprimento do prazo [de 10 dias] para que haja a juntada de documentos pelos depoentes e depois nós vamos solicitar acesso ao processo para, em seguida, fazermos uma análise jurídica para definirmos quais serão os próximos passos”, disse Campos ao HNT/HiperNotícias.
O prazo para a juntada de documentos estipulado Justiça Militar expira na próxima semana.
EXPLICAÇÕES
A convite do presidente da Assembleia Legislativa, o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, participará nessa terça-feira (23), às 16 horas, da reunião do Colégio de Líderes, da Assembleia Legislativa. Borges deverá explicar as medidas que o MP adotará em relação às denúncias feitas pelo cabo PM Gerson Corrêa, sobre uso de notas frias no Gaeco, como também sobre o hipotético envolvimento de vários promotores de Justiça no escândalo dos grampos. Uma CPI está sendo cogitada no Parlamento, porém, a explanação de Borges, nessa terça, pode dirimir as dúvidas e, assim, cancelar a CPI.
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