HiperNotícias - Você bem informado

Domingo, 21 de Julho de 2019, 12h:00

Projeto Flauta Mágica enfrenta crise financeira e corre o risco de fechar as portas

NATHANY GOMES

Reprodução

flauta magica


O projeto Flauta Mágica, criado em 1998, em uma parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o maestro Gilberto Mendes, corre o risco de fechar as portas devido a uma crise financeira que afeta a continuidade das atividades. 

Atualmente a instituição não governamental atende cerca de 470 crianças em situação de vulnerabilidade social, oferecendo oficinas de Balé, canto e flauta de forma gratuita, no contraturno escolar, tendo como foco a educação social e cidadania. 

Com sede própria localizada no bairro Jardim Vitória, a instituição possui uma despesa mensal de R$ 15 mil, que inclui o pagamento dos professores que ministram as aulas, mais água, luz, telefone, energia elétrica, materiais, entre outras despesas. 

A parceria com a Seduc durou apenas dois anos depois do início das atividades e, com a mudança na gestão, a secretaria não continuou com o projeto e os recursos foram cortados. 

Voluntários

A parte do voluntariado é feita somente pela equipe diretora que administra o projeto, que no momento se mantém através de doações por parte da sociedade, e também com a ajuda de dois parceiros da iniciativa privada para o custeio das despesas. 

Segundo o maestro e fundador do projeto, Gilberto Mendes, o problema da instituição é financeiro, pois tem custos e despesas para que o projeto possa continuar funcionando, e a responsabilidade mensal muito grande. 

“O Flauta Mágica foi indicado para receber o apoio financeiro de diferentes instituições que apoiam a causa, como o Criança Esperança, Ministério da Cultura, mas os recursos foram suspensos. A ajuda tem como finalidade alavancar o projeto e a contribuição não ocorre de maneira contínua. E isso põe em risco a existência da instituição devido o custo de R$ 15 mil mensais para atender as crianças e adolescentes participantes, o que representa pouco mais de R$ 30 reais por aluno”, explicou.  

De acordo com Mendes a ajuda dos parceiros e as doações recebidas por parte da população não são suficientes para quitar os débitos mensais da organização. "A necessidade atual é a sustentabilidade financeira para continuação do trabalho, que tem como foco resultados sociais, formação e educação que tanto impressionam organismos nacionais e internacionais", disse o fundador. 

Ao todo, o projeto atendeu cerca de 6.000 crianças e adolescentes ao longo dos 21 anos de existência. Com um currículo admirável de apresentações nacionais e internacionais, como por exemplo, em São Paulo, Rio de Janeiro, Alemanha, Austrália, Suíça e demais localidades. 

Aos interessados em conhecer o projeto, acesse o site.