No dia nacional de protesto contra a reforma da Previdência e cortes na Educação, pelo menos 15 entidades aderiram em Cuiabá ao movimento convocado pelas centrais sindicais, que programaram manifestações em todo o Pais. Segundo os organizadores, cerca de 5 mil pessoas protestaram pelas ruas da Capítal. na tarde desta sexta-feira (14).
A concentração começou a partir das 14h na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá, onde representantes das entidades discursaram por cerca de duas horas. Engrossando o movimento, trabalhadores de várias categorias, como da UFMT, Detran, Sindicato dos Médicos, Sintep (educação), bancários e do socioeducativo.
Presentes à manifestação, além de servidores federais e estaduais, também participaram trabalhadores da iniciativa privada. “Aos poucos as pessoas estão se convencendo que a proposta de reforma é prejudicial a todos os segmentos da massa dos trabalhadores”, disse Oscarlino Alves, presidente do Sisma (Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma-MT), que também é integrante do Fórum Sindical dos Servidores Públicos do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig),
Para Oscarlino, mesmo com a ameaça de corte de ponto, perda da estabilidade funcional, redução de carga horária com redução de salário, foi excepcional a participação dos servidores estaduais. A manifestação serviu, segundo ele, também para desmistificar uma coisa que é plantada, que divide o movimento entre direita e esquerda, que apoia o atual governo ou que é contra.
“O movimento de hoje mostrou uma configuração bem heterogênea, sem bandeiras e ideologia”, avaliou. Para ele, os protestos em todo o País contra a reforma mostram que existe uma consciência dos prejuízos que podem vir para os trabalhadores. “Você parte de uma previdência unilateral, só com o trabalhadores contribuindo num sistema de capitalização falido, que já se mostrou ineficaz, como no Chile, por exemplo, onde os trabalhadores aposentados não conseguem se sustentar. Então isso é um prejuízo futuro, lá na frente”, complementou Oscarlino.
Após os discursos, os manifestantes saíram da Praça Ipiranga empunhando cartazes com frases contra a reforma e o governo Bolsonaro. Eles seguiram pela Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), subiram a Avenida Getúlio Vargas até o Colégio Liceu Cuiabano e entraram à esquerda na Presidente Marques, e depois retornaram pela Isaac Povoas até a Praça Ipiranga, encerrando o movimento por volta das 17h30.
Transporte coletivo
Os ônibus do transporte coletivo de Cuiabá operaram normalmente nesta sexta-feira. Ontem, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (Sintrobac), havia anunciado que hoje 50% da frota estaria parada. Porém, no final da tarde de ontem o Tribunal Regional do Trabalho concedeu uma liminar para a Prefeitura de Cuiabá, determinando que 90% da frota do transporte coletivo deveria ser mantida em funcionamento nos horários de pico.
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