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Terça-feira, 19 de Abril de 2011, 16h:47

Polícia prende 11 e apreende 3 toneladas de drogas na Rocinha

A polícia informou que não encontrou armas, mas apreendeu uma granada com um dos detidos. As buscas continuam na tarde de hoje

DIANA BRITO, da Folha Online

Até o momento, 11 pessoas foram presas na operação que policiais do Rio realizam nesta terça-feira na favela da Rocinha, em São Conrado (zona sul do Rio). Em coletiva na 15ª DP (Gávea), as autoridades revelaram que cumprem mandado de prisão de familiares de traficantes --dentre eles parentes de Antônio Francisco Lopes, o Nem, 34-- e revelaram a existência de um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico feito em empresas legalizadas na zona sul do Rio.

Dentre os 11 presos, estavam Tairone Manhense Moreira Alexandrino, identificado como braço direito de Leão, homem responsável, segundo a polícia, por entrar e sair com drogas na favela, e Fábio da Silva, 26. A polícia informou ainda que um taxista que tinha livre acesso à favela --entrava e saía com drogas, armas e traficantes-- foi preso.

Durante a ação, a polícia apreendeu ainda quase três toneladas de maconha, 18 mil mídias (CDs e DVDs) piratas, mais de 3.000 camisas de grife falsificadas e cerca de 1.800 tênis de marca falsificados. Esses produtos foram apreendidos em um camelódromo que fica no pé da favela.

A polícia informou que durante a operação não encontrou armas, mas apreendeu uma granada com um dos detidos. As buscas continuam nesta tarde.

Victor R. Caivano/Associated Press
Policiais esperam por colegas durante operação na favela da Rocinha

De acordo com as autoridades, a polícia descobriu um esquema de lavagem de dinheiro, arrecadado com o tráfico de drogas, em pelo menos seis empresas legalizadas na zona sul de São Paulo. A polícia investiga o uso de laranjas por traficantes. Os nomes das empresas não foram divulgados para não atrapalhar a investigação.

Na coletiva, os policiais disseram que não descartam a possibilidade de que as drogas e armas do morro de São Carlos, onde foi instalada uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) em fevereiro, tenham sido levadas à Rocinha.

A chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, também esteve hoje na 15ª DP, acompanhando o trabalho da polícia.

OPERAÇÃO

Pela manhã, helicópteros deram apoio aos policiais, que entraram na comunidade, por volta das 6h, pela estrada da Gávea e pela autoestrada Lagoa-Barra (zona sul).

A polícia informou que não sabe o paradeiro de Antônio Francisco Lopes, o Nem, 34, apontado como chefe do tráfico da favela --que possui cerca de 120 mil habitantes. O Disque-Denúncia oferece desde o ano passado recompensa de R$ 5.000 por informações que ajudem na captura dele.