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Sexta-feira, 15 de Abril de 2011, 10h:18

Retorno de Murilo é 'fantasia' de Maninho de Barros, diz advogado

Defensor do vice-prefeito diz que Câmara está afrontando o Judiciário

LUIZ ACOSTA

Midianews
Prefeito afastado pela Câmara de Várzea Grande retoma cargo e provoca polêmica
A Câmara de Vereadores de Várzea Grande está afrontando o Poder Judiciário. A observação foi feita pelo advogado de defesa do vice-prefeito Tião da Zaeli (PR) Maurício Magalhães, na manhã desta sexta-feira (15). De acordo com o advogado o “teatro” que os vereadores fizeram no final da tarde de quinta sobre “dar posse” ao prefeito afastado Murilo Domingos (PR), desrespeitando a decisão judicial que garantia a Tião da Zaeli o direito de assumir o comando do município, é apenas uma maneira de tumultuar ainda mais o já desgastante processo político instalado na Cidade Industrial.

“As coisas têm que ser esclarecidas. Maninho de Barros deixou de ser presidente interino da Câmara no dia 13, às 18h30, quando foi notificado pelos oficiais de justiça sobre a decisão do juiz José Luiz Lindote, da 2ª Vara da Fazenda Pública, derrubando a decisão de afastamento da Comissão Processante que garantiu a Tião da Zaeli o direito de assumir o cargo, uma vez que o titular, Murilo Domingos, mesmo tendo sido beneficiado com a decisão, continuaria afastado por causa da denúncia de improbidade administrativa, portanto, não tinha autoridade nenhuma para fazer o que fez (dar posse simbólica ao prefeito afastado)”.

Maurício Magalhães explica ainda que não existe nada que ampare uma “nova” posse de Tião e Murilo. “Ambos foram eleitos em 2008 e foram empossados pela Justiça Eleitoral em 2009. Ninguém morreu, renunciou ou foi reeleito para tomar posse novamente, então, após afastamento, ambos, ou, no caso, só um é autorizado a retornar ao cargo. Então, os vereadores de Várzea Grande estão querendo ganhar notoriedade em cima de fatos que não existem. Isso é ruim para eles, para a prefeitura e para a sociedade que é quem está pagando a conta de todos os problemas políticos surgidos no município”, argumentou o jurista.

O advogado avalia que toda a encenação planejada e executada pelo vereador Maninho de Barros não tem nenhum valor legal e serviu apenas para fazer mais um pouco de barulho na já tumultuada situação de Várzea Grande.

MINISTÉRIO PÚBLICO

No entendimento do vereador Toninho do Glória (PV) a única forma de acabar com toda essa "lambança" que impera em Várzea Grande é o Ministério Público entrar em cena. Sem isso, segundo ele, dificilmente as coisas vão melhorar.

“Os vereadores sabem que em alguns casos estão agindo errado, porém, assim mesmo levam as coisas avante. Nem a Mesa Diretora toma providências no sentido de acabar com essa situação, então, eu acredito que só resta o Ministério Público para ajudar a ordenar as coisas por aqui”, disse Toninho do Glória.

OUTRO LADO

O vereador Maninho de Barros foi procurado na Câmara de Várzea Grande, mas não foi localizado. A assessoria do parlamentar também foi acionada, mas o telefone móvel estava desligado.