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Especial Quarta-feira, 10 de Setembro de 2014, 09:00 - A | A

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Quarta-feira, 10 de Setembro de 2014, 09h:00 - A | A

DESPEDIDA

Jorge Estevão transpirava jornalismo a todo tempo, revelam os amigos

Ele foi lembrado pelos amigos como um profissional excelente e uma pessoa bondosa

CARLAS AMORIM


Ainda que a família estivesse a quilômetros de distância, o jornalista Jorge José Estevão cultivou dezenas de amigos durante os 20 anos que morou em Cuiabá, e por causa do brilhante trabalho que prestou ao Estado, como profissional, ganhou o título de cidadão mato-grossense. Durante toda essa terça-feira (09) centenas de pessoas foram até a Capela Jardins, em Cuiabá, dar o último adeus ao amigo "Jorjão" e alguns desses amigos fizeram questão de deixar uma homenagem a ele.

Arquivo Pessoal

O jornalista Roberto Amador, mais conhecido como Bebeto, foi o primeiro editor de Jorge Estevão no jornal Diário de Cuiabá. Ele contou que quando o jornalista chegou a Capital, em 1994, o mercado precisava de profissional e ele se tornou repórter de política do jornal. “Eu era editor de política do Diário e era época de campanha, então vários repórteres haviam saído para trabalhar com os candidatos e estávamos precisando de repórter. Chegou ele e o Paulo Jordão, que até já foi embora, perguntei se queriam trabalhar, eles disseram que sim: eu os contratei”, contou Bebeto.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Jornalista Bebeto Amador
Quem também conheceu Jorge Estevão em 1994, quando ele chegou a Capital, é o também jornalista Flávio Garcia, que conta que ele era um profissional competente e preocupado com o jornalismo na sua essência. “Ele era um profissional que dispensa qualquer comentário, tinha ética, era dedicado e preocupado com a profissão. Ele era um companheiro, como um irmão para mim, conhecia toda a minha família. Vou guardar muitas recordações dele”, se emocionou Garcia.

Arquivo Pessoal/Nolema Oliveira

Jorge, Max Aguiar e Noelma, na cerimônia de entrega do Título de Cidadão Mato-grossense

Da mesma opinião é Noelma Oliveira que conta que Jorge sempre foi um profissional muito zeloso e que prezava a qualidade da informação. “Claro que ele adorava um furo jornalístico, mas mais que isso, ele prezava pela qualidade da informação. Tínhamos uma amizade de 19 anos e vivíamos brigando e nos reconciliando, mas durante todos esses anos sempre estivemos juntos”, disse a jornalista.

O editor Ronaldo Pacheco lembrou de uma brincadeira de Estevão, quando eram editores no Diário de Cuiabá, a brincadeira fez com que ele se tornasse um profissional melhor. “Uma vez um repórter meu deixou passar uma palavra errada, no outro dia o Jorge pegou o jornal e me zuou para toda a redação, depois disso eu procurei evoluir e isso me ajudou. Mas depois disse ficava um procurando o erro do outro para ‘berrar o erro’ para toda a redação”, conta o editor. Ele ainda revela que eles eram bons amigos e que o jornalista era muito perfeccionista. “Ele me cobrava e dessa forma eu evolui”, finalizou.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Jornalista Luiz Acosta
O também jornalista Luiz Acosta também prestou homenagem ao manauara. “Eu fui um dos primeiros amigos do Jorge Estevão em Cuiabá, tínhamos as nossas rusgas, as nossas brigas, mas sempre estávamos juntos nos momentos felizes e tristes, no âmbito profissional e pessoal. Ele era uma pessoa sensacional e vai deixar muita saudade. Ele foi um exemplo e deixou muita coisa boa para a nova geração, que pode conviver com ele”, se emocionou Luizão. Ela conclui pedindo que o jornalismo de
Mato Grosso seja mais corporativo.

A professora Sônia Zaramella também disse umas palavras em homenagem ao flamenguista, Flamengo era o time de coração de Jorge. “Jorge Estevão transpirava jornalismo o tempo todo, a qualquer hora, em qualquer lugar. Passava ano, entrava ano, e Jorge sempre ali, antenado, preocupado, acompanhando o dia a dia dos nossos veículos informativos, na condição de repórter ou editor, não importava”, lembrou a professora.

Mayke Toscano/HiperNotícias

Por fim o amigo e ex-chefe do jornalista, Kleber Lima, diz que a morte de Jorge Estevão não é uma perda somente para o jornalismo, mas também para as centenas de amigos que ele deixou. “Ele tinha uma característica que poucos tinham, ele era bom para fazer e bom para ensinar e ainda gostava disso. Ele formou algumas gerações e tem influência direta na formação desses profissionais, apesar do modo ríspido e grosseiro que lidava com algumas situações”, disse o jornalista, e finalizou sugerindo outra homenagem ao amigo. “A melhor homenagem que podemos fazer ao Jorge é praticar o bom jornalismo. Ao HiperNotícias, manter a postura que ele nos ensinou é honra-lo”.

E para não dizer que Jorge tinha apenas amigos jornalistas, o garçom do Restaurante Choppão, local muito frequentado pelo editor durante à vivência em Cuiabá, Alguindes Couto, também esteve na Capela para dar adeus ao cliente preferido. “Conheci ele em um outro restaurante quando ele chegou aqui em Cuiabá. Ele era muito brincalhão e gostava de fazer sacanagem com todo mundo. Bom cliente, como amigo, tinha vários afilhados de casamento entre os funcionários do restaurante”, revelou o garçom.

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