"Também vimos uma melhora nas condições financeiras globais conforme alguns acordos reduziram o nível médio das tarifas. Sobre inflação, a demanda e os preços de energia em desaceleração sugerem um declínio contínuo, mas com variação entre países", afirmou ela, em discurso preparado para reunião do G20, na África do Sul, divulgado nesta sexta-feira, 18.
Gopinath lembrou que, em abril, o FMI projetava crescimento do PIB global de 2,8% em 2025 e de 3% em 2026, abaixo da média histórica de 3,7%, devido a previsões de desaceleração significativa das economias dos EUA e da China. Já a inflação global tinha declínio previsto a 4,3% em 2025 e a 3,6% em 2026. "Vamos atualizar nossas projeções globais no fim de julho, mas os riscos de baixa continuam a dominar as perspectivas e a incerteza segue elevada", disse.
A vice-diretora-gerente do FMI sugeriu que formuladores de políticas foquem em resolver tensões comerciais e implementar políticas macroeconômicas para endereçar desequilíbrios domésticos, ao mesmo tempo em que restauram espaço fiscal para colocar déficits em um caminho sustentável. Ela também defendeu que bancos centrais devem ter sua independência protegida para calibrar política monetária de acordo com as necessidades de cada país.
Gopinath apontou como essencial reformas estruturais para garantir o crescimento econômico no médio prazo e mitigar efeitos de mudanças demográficas, destacando particularmente a importância de fortalecer finanças públicas em economias em desenvolvimento. "Nossa análise sugere que países de baixa renda podem arrecadar um adicional equivalente a 7 do PIB, se alcançarem seu potencial tributário", afirmou.
As reformas estruturais também podem ajudar países emergentes a recuperar fluxos de capital estrangeiro, destacou.
(Com Agência Estado)
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