Logo pela manhã o dólar já caiu abaixo de R$ 5,50. Leilões de rolagens do Banco Central também ajudaram a dar certo alívio. Foram duas operações, um leilão de swap, de US$ 600 milhões, e outra de linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra), de US$ 2 bilhões. Na mínima do dia, a divisa dos EUA chegou a cair a R$ 5,44, enquanto o Ibovespa subiu mais de 4%.
Com a queda de hoje, o dólar reduziu a alta em maio, que já superou os 4%, para apenas 0,35%. No ano, porém, a moeda americana ainda sobe 36% e o real segue com o pior desempenho em uma cesta de 34 divisas. O dólar futuro para junho recuava 1,73%, a R$ 5,4445 às 17h30.
Na sexta-feira, houve apenas um efeito limitado da divulgação do vídeo da reunião ministerial, que saiu no final da tarde, com o mercado à vista já fechado e o futuro perto de encerrar. Mesmo assim, o dólar futuro passou a cair. Mas a maior parte do efeito das avaliações do conteúdo foi nesta segunda-feira. "O vídeo não trouxe nenhuma prova indiscutivelmente robusta para incriminar Bolsonaro nas investigações quanto à sua potencial ingerência sobre a PF", afirmam os analistas da consultoria política americana Eurasia.
"Parece que no curto prazo podemos ter arrefecimento do risco político. Obviamente não podemos dizer que a situação está tranquila, o país está polarizado", afirma o estrategista e sócio da TAG Investimentos, Dan Kawa. Havia o temor do mercado de que o conteúdo fosse trazer provas claras de que teria tido tentativa de interferência do presidente na PF, ressaltou Kawa. Mas isso não aconteceu. "Não tiveram informações novas além do que já havia sido dito", disse ele, ressaltando que o conteúdo não piorou a situação do governo em termos de apoio popular ou político.
Kawa diz esperar que a situação política continue turbulenta no Brasil, pois o país está polarizado, mas nas últimas semanas o cenário estava "excessivamente turbulento", tendo impacto importante nos preços dos ativos.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.