A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) negou a participação em um suposto esquema milionário de revalidação de diplomas exposto pela Associação Médica Brasileira (AMB), no final de outubro.
Segundo a associação médica, a UFMT colaboraria no suposto esquema por meio do programa “Revalida”. Os egressos dos cursos de medicina no exterior que não conseguiram revalidar seus diplomas procurariam empresas intermediadas por instituições públicas e privadas para facilitar o processo de revalidação.
Contudo, conforme apontado pela UFMT ao HNT/HiperNotícias, o Ministério da Educação garante por meio da resolução nº 3, de 22 de junho de 2016, que o “processo de revalidação poderá ser substituído ou complementado pela aplicação de provas ou exames e quando os resultados da análise comportamental, bem como os de exames e provas, demonstrarem o preenchimento parcial das condições exigidas para revalidação, poderá o requerente por indicação da instituição realizar estudos complementares”.
O argumento da universidade desmonta o apontamento inicial da AMB, uma vez que contrapõe a ideia de que as unidades federais terceirizariam as vagas para cursos complementares por meio de esquema criminoso.
À época, a reportagem entrou em contato com a UFMT a fim de verificar se a instituição possuía algum esclarecimento sobre o caso. "Uma vez que a demanda pela revalidação é grande e a UFMT oferece um número limitado de vagas, outras Instituições de Ensino Superior com curso de medicina reconhecido pelo Ministério de Educação (MEC) são cadastradas, por meio de um processo transparente e público, para que possam atender a esses candidatos", apontou a comunicação da universidade.
Além disso, a UFMT argumentou que, ao autorizar que os candidatos realizem os cursos complementares em instituições privadas, adota diversos procedimentos de controle, como: define o currículo do curso, especificando disciplinas e ementas; constitui comissões de avaliação e realiza visitas às comissões para certificar o cumprimento do plano de ensino.
A UFMT ressalta ainda que o MEC, por meio da Câmara de Educação Superior, manifestou-se sobre a legalidade dos editais e considerou a conduta da Faculdade de Medicina criteriosa durante todo o processo.
"Por fim, a Instituição assevera que não reconhece qualquer agência, grupo, ou pessoa que se diga habilitada a intermediar vagas, ou contornar o processo rígido e legal para obtenção da revalidação do diploma junto à UFMT", finaliza a federal de Mato Grosso.
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