A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) arquivou o processo que investigava violência obstétrica na adolescente V. M., de 17 anos, durante trabalho de parto no Hospital Regional de Sorriso (a 503 km de Cuiabá).
Conforme nota da SES, baseado no prontuário da paciente e relatos de funcionários da saúde da unidade hospitalar colhidos, não ficou comprovada a violência. Segundo as investigações, não há evidências que colaborem diretamente com as alegações de violência obstétrica contra a gestante durante o parto.
A sindicância foi instalada depois de a adolescente dar várias entradas no hospital no dia 21 de junho, relatando dores. No entanto, os profissionais de saúde mandavam ela voltar para casa.
O caso foi denunciado no dia 8 de junho por Ronaldo Francisco, esposo da vítima, em uma rede social, quando publicou um vídeo, em que aparece a adolescente com os olhos sangrando. Lá, ele dizia que ela deu a entrada pela primeira vez no dia 1º de junho e os profissionais mandaram ela voltar para casa, pois não estaria em trabalho parto.
Com as dores constantes, ela retornou ao hospital depois de três dias, às 19h30. No entanto, mais uma vez, foi avaliada e dispensada para retornar para casa. Mas, ainda no mesmo dia, às 21h50, ela voltou ao hospital reclamando de dores e contrações.
Desta vez, ela foi encaminhada a uma sala de espera, em que não podiam entrar acompanhantes. Ainda na denúncia, Ronaldo escreveu que uma enfermeira chegou a falar para a jovem: "fique quieta, pois quando estava fazendo, estava bom".
Durante a madrugada, por volta das 5h, uma enfermeira constatou que os batimentos do bebê estavam fracos e ela foi encaminhada para outra sala de trabalho de parto. O bebê nasceu bem.
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