Os servidores dos Correios do Centro de Tratamento de Encomendas e Correspondência (CTEC) do Cristo Rei, em Várzea Grande, retornaram ao trabalho na tarde desta quarta-feira (5), após nove dias de greve em protesto as más condições de trabalho no local. A categoria decidiu pelo fim do movimento paredista em assembleia realizada no fim da manhã.
Reprodução
Condições da unidade antes da dedetização
A classe deflagrou greve após a morte de um servidor que passou dias internado e faleceu em decorrência da doença do pombo, provavelmente contraída no ambiente de trabalho, visto que o local concentra grande número de aves que deixam seu rastro de sujeira e agentes que transmitem a doença.
Conforme os servidores, antes do desfecho trágico várias notificações já tinham sido encaminhadas aos Correios e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) relatando a situação e pedindo a interdição a dedetização do espaço.
Após decisão judicial a unidade foi interditada na sexta-feira (31) e passou por minuciosa dedetização, sendo liberada na tarde desta terça-feira (2). Porém, conforme um dos servidores, o local ainda não está completamente limpo.
Os servidores narraram que a greve foi suspensa diante do acordo com empresa para atendimento das demandas da classe, que consiste na limpeza do local e realização de exames preventivos dos servidores. "Caso não seja cumprido o combinado nós iremos retomar a greve", disse o diretor do Sindicato dos Servidores dos Correios, Alexandre Aragão.
A unidade dos Correios do Cristo Rei atende todo o Mato Grosso e também os Estados do Pará e Mato Grosso do Sul. Com a greve, apenas os servidores terceirizados estão trabalhando no local.
Outro lado
A assessoria dos Correios foi procurada e por meio de nota informou que a empresa procedeu com a desinfecção do local de trabalho dos funcionários, instalou telas fixas e cortinas nas portas do complexo. Além disso, os empregados do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas, em Várzea Grande, passarão por exames médicos com pneumologistas.
A assessoria informou que ainda não há informações sobre o volume de encomendas acumuladas por conta da greve. "Para mitigar os efeitos da paralisação os Correios já estão com plano de ação contingencial com o objetivo de regularizar a carga postal", destacou.
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