Os servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) denunciam a falta de segurança no campus de Cuiabá e os constantes furtos em diversos setores locais. No dia 28 de julho, foi registrado um boletim de ocorrência por furto de dois aparelhos de ar-condicionado, levados de dentro do Museu de Arte da Cultura Popular. Em virtude dos fatos, os próprios funcionários se organizam para elaborar um plano de segurança para a instituição.
Conforme a denúncia de um servidor, que preferiu não ser identificado, esta não é a primeira vez que o Museu tem aparelhos de ar-condicionado furtados. No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, consta que o desaparecimento dos aparelhos ocorreu no dia anterior, em 27 de julho.
Segundo o servidor, a sala da Cultura, Extensão e Vivência (Procev) também já teve quatro aparelhos de ar-condicionado furtados, além de ocorrências no bloco de Medicina e Geografia, que também já sofreram diversos furtos.
Os servidores relatam que não há pessoas suficiente fazendo a segurança do campus, já que, para toda a universidade, são menos de dez pessoas atuando especificamente na guarda, além de porteiros terceirizados.
Outra denúncia apontada pelos servidores são os problemas estruturais no auditório da Procev. O local está fechado há mais de um ano por motivo que também envolve crime dentro do campus, o furto de fios da rede elétrica, além de infiltrações no prédio.
"Sempre houve falta de segurança no campus, mas só agora está vindo à tona, chegando ao conhecimento da sociedade. Não podemos continuar nessa situação de inércia", comenta a professora e presidente da Comissão do Plano de Elaboração de Segurança da UFMT, Giseli Silvente.
Conforme a professora, nos últimos anos, os índices de violência estão cada vez mais frequentes em todos o campi da UFMT no Estado. Segundo ela, também há relatos de falta de segurança em cidades polos da universidade. Ela informa que, devido às constantes ações de furtos, foi criada uma Comissão para elaboração de Plano de Segurança da UFMT em maio 2022.
"A função da comissão é criar um plano de segurança para UFMT sobre os roubos. Estamos construindo um plano que seja exequível, não falamos em eliminar a falta de segurança nos campus, mas minimizar de forma expressiva considerável o problemas de segurança. Já realizamos um levantamento prévio das fragilidades que têm no sistema, que são falta de segurança, câmeras de monitoramento, diversas entradas abertas para qualquer tipo de pessoa acessar o local, iluminação pública, pessoas qualificadas, treinadas para segurança", relata a professora.
O HNT entrou em contato com a reitoria da UFMT, por meio da assessoria de comunicação da instituição, para algum posicionamento sobre os fatos, no entanto, até o fechamento deste material, não obteve retorno.
Por ser uma instituição federal, a Polícia Federal tem a responsabilidade de apurar crimes ocorridos dentro do campus da UFMT. Em contato com a sede da PF em Cuiabá, a assessoria de imprensa informou que quando se trata do patrimonio da instituição, a corporação tem a responsábilidade de atuar no caso, no entanto, a PF afirma que não foi acionada para atender nenhuma ocorrência dos casos de furto citados pela denúncia.
Ainda conforme a PF, o boletim de ocorrência registro na Polícia Civil no dia 27 de julho deveria ter sido registrado na sede da Polícia Federal, para abrir um inquérito de investigação. Conforme a PF, o caso será investigado.
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Ane 08/08/2022
E nem falaram da segurança dos alunos, busco todas as noites minha filha na Universidade, pois o bloco dela fica totalmente no escuro que não pode ir nem pro ponto de onibus, até eu tenho medo de andar de carro lá, os postes tem lampadas, mas as arvores crescem e não podam ai a claridade não chega, fica em cima das arvores. E quem não tem condições de buscar os filhos?? Como ficam a merce daquela escuridão??? Muito perigoso. Sem segurança alguma.
1 comentários