Os profissionais de Educação Física realizaram nessa terça-feira (26), uma nova manifestação em frente à Prefeitura de Cuiabá. Sob gritos de “queremos trabalhar”, os profissionais, parados há 60 dias em decorrência da pandemia do novo coronavírus, exigiram uma posição do poder público em relação ao retorno das atividades.
Divulgação
Na semana anterior, os profissionais já haviam realizado outra manifestação no mesmo local, na qual demandavam a reabertura dos estabelecimentos prestadores de serviço de atividade física.
Também na semana anterior, na terça-feira (19), o Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso (Cref) divulgou uma nota de repúdio à tratativa do poder público para com os profissionais da área.
“O governo tem qualificado as academias como uma área de alto risco, o que é uma grande inverdade. O conselho, desde o dia 28 de março, tem orientado de como proceder dentro das academias, inclusive com protocolização junto aos governos municipais e estadual”, disse o presidente do Cref, Carlos Alberto Eilert, na ocasião.
Os profissionais defendem que, ao contrário do que endossa a postura de alguns municípios no estado, a exemplo da Capital, Cuiabá, a reabertura das academias não representam um risco à saúde pública, uma vez que os profissionais são capacitados e reconhecidos pelo Ministério da Saúde.
Em relação à nova manifestação, o representante da Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil) em Mato Grosso, Celso Mitsunari, explicou que o protesto reuniu cerca 60 manifestantes, entre professores de educação física e empresários do setor.
“Foi uma manifestação pacífica, demonstramos que podemos reabrir com segurança, seguindo todos os critérios da Organização Mundial da Saúde e dos órgãos responsáveis”, pontuou.
“É triste a gente ver o total desconhecimento que as autoridades têm em relação ao nosso segmento. O presidente da república já sancionou as atividades físicas como essenciais, então é triste ver como estão lidando com o coronavírus aqui, as academias estão muito mais preparadas do que as pessoas acreditam, nós já seguíamos protocolos rigorosos de higienização antes de tudo isso, até mais do que muitos comércios”, desabafou o professor de educação física, Wagner Ribeiro.
De acordo com o Cref, a situação atual das academias é de extrema penúria, com a perspectiva de que 30% das academias registradas, ou seja, pelo menos 200, não retornem após a pandemia.
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