A prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) atualmente é de um caso a cada 30 crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos nos Estados Unidos. O número foi divulgado pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenções (CDC) americano no mês passado. O levantamento indica um aumento de casos, afinal, a análise anterior apontava para um diagnóstico a cada 44 avaliações.
O que se mantém é a maior incidência entre os meninos. Conforme o estudo divulgado neste mês, com base em dados coletados em 2019-2020, ocorrem 3,55 casos em pessoas do sexo masculino para um do sexo feminino. Anteriormente, eram quatro para um, conforme análise divulgada em dezembro de 2021 (com dados de 2018).
O estudo não traz as razões para o aumento de casos de autismo, mas, ainda assim, permite um monitoramento dessa condição.
“Além do fator genético forte no autismo, existem outras hipóteses que explicam os gatilhos de alguns casos e que intensificam os prejuízos no neurodesenvolvimento, como a mudança da relação do homem com as toxinas, alimentação industrializada, visto que é comum as pessoas com autismo apresentarem um organismo mais sensível a substâncias externas entre outras comorbidades gastrointestinais, imunológicas e metabólicas”, explica a psicóloga especialista em Autismo, Jaqueline França.
RASTREIO
Já no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai começar a fazer o rastreio do TEA a partir deste ano. Até então, não era feito o acompanhamento, nem a nível nacional e nem em Mato Grosso. O que se tem são estimativas de que no país existem mais de quatro milhões de pessoas no espectro, seguindo o índice americano de prevalência.
No Estado, de acordo com a Secretaria de Assistência Social, a comunidade autista é formada por pelo menos 2 mil pessoas, e cerca de 500 delas vivem em Cuiabá.
“Os novos números relacionados à prevalência de autismo refletem a eficácia e a presença maior do compartilhamento de informações. A 12 anos atrás, quando iniciei o trabalho na área, poucas pessoas sabiam falar sobre ou citar uma única característica do TEA. Hoje, com a informação chegando mais rápido e com os profissionais buscando mais formações específicas, estamos mais preparados para identificar e fechar o diagnóstico”, comenta França.
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