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Cidades Terça-feira, 21 de Janeiro de 2020, 11:25 - A | A

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Terça-feira, 21 de Janeiro de 2020, 11h:25 - A | A

REINSERÇÃO SOCIAL

Presidiários vão receber para construir ciclovias em Mato Grosso

REDAÇÃO

Os recuperandos da unidade prisional de Alto Araguaia (415 km a sul de Cuiabá) iniciarão a construção de ciclovias e ciclofaixas nas vias públicas da cidade. O início dos trabalhos será possível graças à assinatura de um Termo de Cooperação entre o município e a Fundação Nova Chance, firmado na última sexta-feira (17), com objetivo de promover a reinserção social por meio de trabalho remunerado em obras do poder público municipal.
 

G1 MT

Ciclovia

 

A iniciativa do projeto partiu do juiz da 2ª Vara de Alto Araguaia e corregedor da unidade prisional, Adalto Quintino da Silva, que, ao assumir a função de magistrado, em julho de 2019, iniciou os acordos para o projeto entre o Poder Executivo municipal e a Fundação Nova Chance - que é a autarquia estadual que atua na ressocialização de pessoas que estão em privação de liberdade.
 
“O que está por trás desse projeto é o sentimento de solidariedade, aliado à vontade comum que todos têm de viver em uma sociedade ainda melhor. A contratação da mão de obra de reeducandos pelo Poder Público se traduz em um mecanismo onde todos ganham: o Poder Público ganha, pois terá uma obra realizada com um custo inferior ao que teria se fosse contratar empresa terceirizada para a sua realização”, salientou o juiz Adalto Quintino.
 
Inicialmente, os acordos se deram em torno da assinatura do protocolo de intenções, ainda em 2019, com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, e do corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Ferreira da Silva, durante a passagem da expedição Araguaia Cidadão pela cidade.
 
A partir desse protocolo foi elaborado o Termo de Cooperação formalizado na última sexta-feira (17), e assinado pelo prefeito de Alto Araguaia (MT), Gustavo de Melo Anicezio, e pela presidente da Fundação Nova Chance, Dinalva Oriede da Silva Sousa, em cerimônia realizada na Câmara Municipal.
 
Conforme o magistrado, não se pode ignorar o fato de que todos aqueles inseridos no sistema carcerário irão retornar ao convívio na sociedade. “Então, devemos nos indagar: como queremos que eles retornem? Com alguma qualificação e conhecimento relativo a trabalho ou sem qualquer experiência nesse sentido? Pesquisas apontam que o índice de reincidência no Brasil supera o patamar de 70%. E é nesse ponto que a remuneração do trabalho do preso se torna interessante, pois o trabalho deixa de ser apenas pena cumprida, e passa a despertar no reeducando essa visão de que a atividade lícita, com salário, poderá assegurar a ele e a sua família uma vida digna, de modo que não fará mais sentido voltar a delinquir. E quem ganha com isso é, sem dúvida, toda a sociedade, novamente”, apontou o juiz.
 
O magistrado Adalto Quintino da Silva afirmou ainda que a iniciativa pretende, neste momento, "plantar uma semente", para que, em breve, “tenhamos uma árvore e bons frutos a serem experimentados por toda a comunidade, e, para isso, é fundamental que não só o Poder Público, mas também o setor privado, as empresas urbanas e rurais, participem desse processo, e vejam que a contratação da mão de obra de presos é, sim, interessante, não só no sentido dos benefícios sociais, mas também para o empregador, que terá um custo menor na contratação, e, desse modo, poderá maximizar o resultado financeiro de sua atividade, ou seja, seus lucros”, observou.
 
O evento contou com a participação do juiz Adalto Quintino da Silva, da Juíza da 1ª Vara de Alto Araguaia, Marina Carlos França, do presidente da 9ª Subseção da OAB/MT, Vitor Musa Gonçalves, da presidente da Associação Comercial de Alto Araguaia, Marilene Gomes de Rezende, da presidente do Conselho de Segurança, Isabel Cristina da Silva, entre outras autoridades e representantes da sociedade civil organizada.

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