Fundada em 1987, a Associação Pestalozzi de Água Boa tem desempenhado papel fundamental no atendimento de crianças, jovens e adultos com deficiência, por meio da Escola Nova Esperança. A instituição desenvolve atividades pedagógicas voltadas ao desenvolvimento socioemocional, psicomotor, cognitivo, de linguagem e coordenação motora.
Desde 2012, a Pestalozzi mantém parceria com o programa Agrosolidário, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), e passou a incorporar a bebida de soja na merenda escolar como complemento nutricional com reflexos positivos no desempenho educacional.
Segundo o fisioterapeuta Luiz Fernando Sallum Alvarenga, que atua há duas décadas na associação, os efeitos da suplementação são perceptíveis. “A soja tem uma função bastante importante que dá mais estímulo para a criança. A proteína da soja, faz muito bem. A parte motora, principalmente muscular, que ajuda na atividade principal, de coordenação motora, educação física e na psicomotricidade. A gente observa alguns casos que têm evolução muito boa com o uso da soja, principalmente na parte cognitiva, de atenção e concentração do aluno”, enfatiza.
Com mais de 200 alunos atendidos e uma equipe de 40 profissionais especializados, a Escola Nova Esperança organiza suas atividades em dois turnos. Pela manhã, os atendidos são adultos, com idades entre 20 e 80 anos, com foco em atividades que promovam autonomia e independência. À tarde, o trabalho é direcionado a crianças e adolescentes de até 18 anos.
Para a aluna Vitória Midyane dos Santos Nascimento, de 22 anos, as atividades oferecidas são essenciais. “Eu gosto mais é de ajudar o próximo quando precisam, as crianças, e na cozinha. Aqui também temos educação física, aulas de dança, hortas, além de atividades e exercícios na sala de aula”, relata.
A técnica administrativa Raquel de Carvalho Barros Menegatti destaca a importância da parceria na garantia de uma alimentação equilibrada. “Nós sabemos que muitos alunos não têm uma alimentação adequada em casa. Então, nós procuramos oferecer isso aqui e essa parceria, ela ajuda a gente a preparar um alimento nutritivo e de qualidade para os nossos alunos”, afirma.
A bebida de soja é usada de forma criativa na cozinha da instituição. “Aqui conversando, veio novas ideias que a gente vai testar, brigadeiro, panqueca e croquetes também. Então, a gente sempre está em busca de novas receitas, novas coisas para poder usar o produto. Como as crianças especiais têm uma dificuldade de atividade física, as proteínas da soja ajudam a dar mais ânimo para fazer as atividades de dança, em horta, capoeira, essas coisas”, explica a professora Noeli Saurim Capitanio.
Para o diretor Emerson Marcelo Godoy, o apoio da Aprosoja é determinante para a continuidade dos trabalhos. “A gente sabe que o agro é o que gerencia tudo isso, o trabalho que nós fazemos, a gente conta com a Aprosoja MT sempre, esse cuidado, com outras entidades que prestam esse serviço humanitário, tem nosso respeito e admiração”, afirma.
A parceria mostra como o trabalho conjunto entre o setor produtivo e instituições sociais pode ir além da solidariedade pontual, resultando em impacto real na qualidade de vida de centenas de famílias.
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