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Cidades Segunda-feira, 02 de Setembro de 2013, 08:52 - A | A

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Segunda-feira, 02 de Setembro de 2013, 08h:52 - A | A

NOVO CANGAÇO

Mato Grosso não registra roubos a bancos há 10 meses

A última investida ocorreu no dia 30 de outubro de 2012, no município de Comodoro

DA REDAÇÃO






Há dez meses o Estado não registra nenhum roubo a banco, na modalidade “Novo Cangaço”. A última investida ocorreu no dia 30 de outubro de 2012, no município de Comodoro (644 km a Oeste). A redução de 100% nas ocorrências é atribuída ao contra-ataque das Polícias nas ações criminosas que aterrorizaram moradores de seis municípios mato-grossenses no ano passado.

As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Divisão Anti-Sequestro, da Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, identificaram a atuação de quatro quadrilhas de roubo a banco, em Mato Grosso e todas desarticuladas. Três delas tiveram os integrantes mortos durante confronto com a polícia, no período de refúgio na mata, e uma está presa no presídio “Ferrugem”, em Sinop (500 km ao Norte).

O delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, interrogou no final de agosto um dos líderes da quadrilha presa em Sinop, acusada de assaltar as agências de Tapurah, Denise e Nova Monte Verde, em 2011. Segundo Stringueta, as investigações apontam que a quadrilha também arrombou caixas eletrônicos no interior de Mato Grosso.

Facebook/Jornal ODiario

Reféns sem camisa foram levadas em caminhonetes pelos assaltantes Comodoro-MT; Este foi o último assalto registrado na modalidade Novo Cangaço

Mesmo não havendo registro de roubo no estilo “novo cangaço”, o monitoramento dos policiais da Inteligência da Gerência de Combate ao Crime Organizado é constante, para impedir a articulação de novos grupos no Estado. “Toda informação de ‘novo cangaço’ é checada por nossos policiais, seja em campo por meio de buscas de armas ou outro tipo de monitoramento. Isso acaba intimidando as quadrilhas e mostrando que a polícia está atenta”, observa Stringueta.

De acordo com o delegado, as ações de repressão permitiram a queda também em outras modalidades de roubos e furtos a bancos, como o “sapatinho”, pratica criminosa que consiste em manter refém a família do gerente, os furtos descobertos com a prisão das quadrilhas dos “descuidistas” e do “guarda-sol” e as explosões de caixas eletrônicos.

Em 2013, a Gerência de Combate ao Crime Organizado investigou uma única ocorrência de assalto “sapatinho” e indiciou cinco pessoas por envolvimento no crime. O roubo foi praticado no dia 16 de janeiro, na Cooperativa do Sicredi, em Nobres (146 km ao Médio-Norte), de onde o bando levou R$ 100 mil. Dos cinco suspeitos, quatro estão presos. Todos respondem por crimes deextorsão mediante sequestro e formação de quadrilha.

Também foram presos sete integrantes de uma quadrilha que tentou furtar mais de 15 agências bancárias aproveitando-se do descuido dos funcionários. Em outra ação, em apoio a investigações do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, 15 integrantes de uma quadrilha que utilizava guarda-sol para se esconder das câmeras de vigilância e driblar o sensor de segurança dos bancos foram presos nos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná. Em Mato Grosso eles agiram em oito bancos.

“Temos como positivo o período, pois houve uma redução substancial de todos os crimes de apuração da Gerência. Isso deixa a sociedade mais tranquila. Entendemos que as Polícias estão no caminho certo e preparadas para combater eventuais ações criminosas”, finalizou o delegado Flávio Stringueta.

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