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Cidades Quarta-feira, 01 de Abril de 2020, 13:56 - A | A

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Quarta-feira, 01 de Abril de 2020, 13h:56 - A | A

PROTEÇÃO

Máscaras de tecido para combate ao coronavírus são confeccionadas por reeducandas

REDAÇÃO

Máscaras de tecido estão sendo confeccionadas por reeducandas da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, e da Cadeia Pública de Nortelândia (250 km de Cuiabá).

Reprodução

reeducandas mascaras

 

Além da produção própria, será possível fornecer também a outras unidades penais, desde que consigam adquirir o material necessário. O objetivo é viabilizar a proteção ao maior número possível de reeducandos e servidores, evitando a contaminação do Covid-19, o coronavírus.

A ideia surgiu na Penitenciária Feminina, onde a diretora, Maria Giselma Silva, que também é costureira, desenvolveu o projeto com quatro reeducandas. Em média, elas confeccionam 200 máscaras por dia. “Uma servidora nossa comentou que havia feito máscaras de tecido em casa para a família, então pensei que poderíamos fazer isso aqui, pois temos ateliê de corte e costura com os equipamentos necessários”, conta.

Desde semana passada, elas já produziram mais de 500 peças que, além do uso interno, contemplou servidores, outras unidades penais e familiares. Foram entregues 160 máscaras para distribuição às unidades penais do interior do estado; 50 para a Cadeia Pública do Capão Grande (Várzea Grande); além do Serviço de Operações Especiais (SOE) do Sistema Penitenciário. A Penitenciária Central do Estado (PCE) também teve interesse, forneceu o tecido e as reeducandas produzem em média 100 máscaras por dia para a unidade.

O grupo de teatro Cena Onze manifestou interesse em encomendar algumas unidades e adquirir a preço de custo. Além de fornecerem aos integrantes do grupo, que fazem trabalho comunitário, a intenção é doar às pessoas socialmente vulneráveis. “Fico muito feliz em poder ajudar e ver como as recuperandas também se sentem bem sabendo da importância do trabalho delas neste momento, além de diminuir a ociosidade e obterem remição de pena”, salienta a diretora. Atualmente, a Penitenciária possui 196 mulheres privadas de liberdade.

Conhecimento multiplicado

Com o objetivo de ampliar a iniciativa, Maria Giselma ministrou uma oficina a oito reeducandas da Cadeia Pública de Nortelândia, no último final de semana (28 e 29), que já estão trabalhando na confecção de máscaras. Alguns materiais necessários, como linha, agulha, óleo para a máquina, por exemplo, foram doados pelo Conselho da Comunidade local. Já os recortes de tecido foram cedidos pela Malharia Hora H, localizada em Diamantino.

Segundo a diretora da Cadeia, Adriana Silva Duarte Quinteiro, a quantidade de material disponível será suficiente para fazer 240 máscaras de tecido, que possuem ainda um filtro de TNT aplicado. Desta forma, será possível atender não só a população carcerária da unidade, que é de 62 mulheres, mas também servidores e outras unidades penais de Mato Grosso. “A pedido do nosso secretário adjunto, Emanoel Flores, faremos o possível para contribuir com a proteção das pessoas privadas de liberdade, bem como dos servidores que trabalham com esta população”.

Ela frisa a importância da parceria, viabilizada pelo compartilhamento do conhecimento e solidariedade entre os integrantes do Sistema Penitenciário. “Trabalhando em sintonia, conseguimos ainda proporcionar trabalho às reeducandas, elas têm se dedicado neste período de quarentena, que é delicado para todos nós, mas principalmente para elas, por conta da suspensão temporária de visitas e de trabalho extramuros”, explica. 

As atividades internas nas unidades penais, como limpeza, manutenção, corte e costura, entre outras, continuam sendo desenvolvidas, com a devida observância ao distanciamento necessário entre as reeducandas, além das normas de higienização. Para cada três dias trabalhados, cada recuperanda cumpre um dia a menos de pena.

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