Uma mãe de um menino de 10 anos, identificada como Limara Rocha de Amorim, registrou um boletim de ocorrência após o filho voltar da escola com hematomas e sinais de mordida no corpo. O caso foi registrado na segunda-feira (21), na Escola Estadual Leovegildo de Melo, em Cuiabá. De acordo com a mãe da vítima, a estudante suspeita tem 16 anos.
Ao HNT, a mãe relatou que recebeu uma ligação da escola pedindo para ir busca o filho, pois ele não estava se sentido bem. Já com o filho, a mulher perguntou o que havia acontecido, mas o menino não disse que estava com dor na barriga.
Em casa, quando o menor foi tomar banho, a mãe viu os sinais de mordida no peito. Questionado, ele disse que um cachorro o havia mordido.
“Não, um cachorro não ia fazer isso. O que aconteceu, fala a verdade. Ele começou a ficar nervoso e, depois de muita pressão, contou que uma menina havia mordido ele na escola”, relatou a mãe.
À mãe, o menor contou que havia comprado uma balinha e a menina pediu o doce, porém, ele se recusou a dar. Nesse momento, ela começou a jogar pedras nele, que revidou as pedradas. Em seguida, o menino pegou uma garrafa de água e começou a atacar a jovem. Em seguida, eles iniciaram uma briga com agressões físicas, ambos chegaram a cair no chão, momento em que o menor levou a mordida.
Segundo a mãe, o filho também deu uma mordida no braço da menina, porém, não ficou marca como em seu filho. “Para ela soltar, ele mordeu o braço dela”, contou mãe.
Segundo a mulher, ela chegou a ir à escola antes de registrar o boletim de ocorrência para entender o que havia acontecido, porém, ninguém soube informar sobre a agressão.
“Eu peguei ele na hora e fomos à escola. Ninguém na escola sabia o que tinha acontecido. Aí, eles chamaram a menina, ela veio toda afrontosa dizendo que não levava desaforo para casa. É uma situação bem revoltante, ela tem 16 anos, meu filho tem 10. Além disso, ele é uma criança infantilizada, tem dificuldade de aprendizado, ele fala que sofre bullying na escola por isso. Eu já pedi para escola ficar de olho nele. Eu nem sei como estou de pé ainda”, desabafou a mãe.
De acordo com a Limara, o filho possui sintomas que indicam que ele sofre de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
O caso foi registrado como lesão corporal. O menino passou por exame de corpo de delito. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado e Educação (Seduc-MT) infomou que, em relação à situação ocorrida na Escola Estadual Leovegildo de Melo, a coordenação pedagógica da unidade buscou o Núcleo de Mediação e Conflitos e foi orientada a fazer todos os registros cabíveis, bem como chamar os pais ou responsáveis pelos estudantes para o diálogo.
A reportagem também tentou falar diretamente com a diretoria da escola, mas o telefone fica ocupado constantemente.
Na manhã desta quarta-feira (23), Limara e o filho foram até o Conselho Tutela relatar os fatos e pedir providências.
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