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Cidades Quinta-feira, 08 de Novembro de 2012, 13:00 - A | A

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Quinta-feira, 08 de Novembro de 2012, 13h:00 - A | A

ROUBO A BANCO

Diógenes Curado afirma que ações de inteligência já reduziram o "Novo Cangaço" pela metade em 2012

Secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Diógenes Curado, atribui à ação de prevenção da inteligência a redução pela metade a ação dos bandidos este ano em relação ao ano anterior: 12 ano passado contra seis esse ano

ALIANA CAMARGO

“O Estado poderia ter sofrido muito mais ataques a bancos este ano”. A afirmação é do secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, sobre a onda de assaltos a banco que assola Mato Grosso na modalidade que ficou conhecida “Novo Cangaço”, utilizada por criminosos que aterrorizam e deixam o rastro de violência em cidades pacatas do interior do Estado.

Durante entrevista exclusiva a HiperNoticias, Diógenes Curado, sentado em sua sala com os últimos levantamentos em mãos, atribui ao núcleo de inteligência o avanço na repressão aos ataques. Até o início de novembro deste ano foram seis roubos na modalidade “Novo Cangaço”, metade dos 12 registrados em 2011. Ataques a caixas eletrônicos foram 58 este ano.

Mayke Toscano/Hipernotícias

Diógenes Curado afirma que a Polícia Militar chega com muito mais rapidez em cidades atacadas pelas quadrilhas

O “Novo Cangaço” preocupa autoridades, mas principalmente fragiliza a população que passa pelas mãos dos criminosos. Em anos anteriores, os policiais lidavam com problemas nos carros, a maioria motor 1.0, falta de comunicação adequada e principalmente de um planejamento estratégico para combater grupos organizados que estão em busca do dinheiro fácil.


Curado diz que este quadro está mudando aos poucos, não revela o valor que foi investido nos últimos dois anos para impedir a ação dos criminosos, mas diz que a polícia está chegando com muita rapidez às cidades onde os bandidos atuam. “Avançamos na parte da inteligência e temos força tática distribuída em todas as regiões do Estado para chegar aos locais”, afirma.

Um exemplo dessa rapidez dos policiais, afirma Curado, foi a tentativa frustrada dos bandidos em roubar um caixa eletrônico na madrugada de quarta-feira (7) na cidade de Dom Aquino (172 Km de Cuiabá). “A ação dos policiais foi rápida e chegou a tempo de evitar que os bandidos levassem o dinheiro”, afirmou o secretário.

DIFICULDADES

Em março deste ano, Diógenes Curado foi a Brasília como representante dos secretários de Segurança Pública do país apresentar o seu relatório à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. O documento apresenta proposições sobre a realidade dos ataques no Brasil e o que pode ser melhorado para atuação das polícias nos Estados.

Uma das dificuldades, analisa ele, é a falta de um banco nacional de informações sobre as quadrilhas. As investigações apontam que organizações criminosas de vários estados estão se unindo para praticar os ataques.

Além da falta de informação existe a falta de adequação da legislação em relação a crimes contra a ordem econômica, no caso dos roubos a banco. “A legislação brasileira é branda”, posiciona-se Curado, que complementa:  “Existe a reincidência em casos de crimes de menor potencial ofensivo e isso faz com que muitas pessoas retornem para a criminalidade”.


ATAQUES

Os últimos ataques das quadrilhas a agências bancárias aconteceram em Marcelândia (710 Km ao norte de Cuiabá) no dia 9 de outubro, e Comodoro (656 Km ao norte) no dia 31 de outubro.

Em Marcelândia oito assaltantes fizeram os funcionários e clientes que estavam no banco de escudos humanos. Até o momento dois integrantes da quadrilha foram mortos, e o restante do bando continua foragido. Em Comodoro, aproximadamente 20 bandidos que agiram na cidade para roubar dois bancos e uma casa lotérica também continuam foragidos da polícia.

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Mayke Toscano/Hipernotícias

Mayke Toscano/Hipernotícias

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