Mato Grosso foi um dos estados que mais tiveram redução no número de crimes violentos letais e intencionais, como homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e latrocínio, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ao todo, o estado conseguiu reduzir 23% do índice, em comparação ao ano anterior, o que o colocou em segundo lugar no ranking de melhorias.
Alan Cosme/HiperNoticias
De acordo com o Fórum, o estado, embora ainda longe do ideal, já apresentou avanços significativos para a Segurança Pública. Além da redução de crimes letais intencionais, o número de homicídios e estupros também teve redução. Em Cuiabá, as taxas caíram 16,2% e 9%, respectivamente.
A pesquisa apontou, ainda, que não há registro de feminicídio no interior de Mato Grosso. Por isso, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) já divulgou que deve montar uma câmara temática e determinar que as delegacias passem a distinguir casos de homicídio de mulheres entre feminicídio e de outra natureza. Atualmente, os dados são apresentados em apenas 11 dos 26 estados.
No quesito Tráfico de Drogas, MT foi um dos estados que tiveram aumento no número de casos. A Sesp encara os dados como positivos, pois considera que a elevação na taxa é em função da maior atuação do estado. De acordo com a pesquisa, a taxa de tráfico em Mato Grosso é de 92,1 casos para cada 100 mil habitantes. Quanto ao registro de uso e posse de entorpecentes, MT é o segundo estado com maior número de registros, perdendo apenas para o Distrito Federal.
Outro dado apresentado no Fórum diz respeito ao investimento realizado na pasta pelo governo. Em 2015, a despesa com Segurança Pública foi de R$1,5 milhões. Já em 2016, o número saltou para R$1.8 milhões, embora o Governo Federal tenha diminuído os repasses. O recurso foi convertido em armamentos, construção, aumento de efetivo, folha de pagamento e serviços de inteligência, além da aquisição de novas viaturas.
Para o secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia, o resultado geral aponta um avanço, embora ainda não suficiente. “Temos que continuar trabalhando, temos que continuar tendo investimentos, continuar atuando de forma integrada. Não só com órgãos estaduais, mas também federais. Que a gente consiga, cada vez mais, melhores esses índices. São dados que causam sensação de insegurança na sociedade, mas que estamos melhorando ano a ano”.
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