Internada há 10 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, a recém-nascida indígena resgatada pela Polícia Militar está reagindo bem ao tratamento, porém o seu estado de saúde é considerado grave e estável. A informação é do boletim médico divulgado pelo hospital na tarde deste sábado (16).
De acordo com o boletim, a menina iniciou o processo de desmame da sedação e do respirador mecânico que usa desde quando chegou a unidade de saúde cuiabana. Contudo, a recém-nascida continua com insuficiência renal aguda e fazendo diálise peritonial.
“A recém-nascida indígena ainda encontra-se em estado grave, porém estável. Está reagindo bem ao tratamento iniciando o processo de desmame da sedação e do respirador mecânico. Continua com insuficiência renal aguda e fazendo diálise peritoneal”, diz o boletim que a reportagem recebeu.
As complicações são decorrentes do longo período em que a bebê ficou enterrada e inspirou terra, que agora circula em seu organismo debilitado.
Ela chegou à Santa Casa transferida do Hospital de Água Boa (730 km de Cuiabá), onde recebeu os primeiros atendimentos, mas que não possuía condições de fornecer a criança o tratamento adequado.
Na quinta-feira (7) ela passou por cirurgia para colocação de cateter para a realização da diálise.
A menor foi enterrada pela bisavó, com ajuda da avó, no quintal da casa em que viviam em Canarara (635 km de Cuiabá). Vizinhos denunciaram o enterro para a polícia, que conseguiu resgata a menina e encaminhá-la para atendimento médico.
Os policiais a bisavó confessou que enterrou a criança porque ela era filha de uma adolescente de 15 anos e o pai estaria com outra mulher. É tradição da tribo a qual pertencem não aceitar filhos de mães solteiras.
A avó da bebê declarou aos policias que ofereceu chás abortivos à filha adolescente para que a gravidez não prosseguisse, porém não houve efeito e ela com a bisavó da bebê decidiram pelo enterro.
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