Mayke Toscano/Hipernotícias |
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Enquanto Correios é obrigado a encerrar greve, bancários continuam irredutíveis e ressaltam que greve só vai acabar se a Federação atender as reivindicações |
A greve dos bancários completa 15 dias sem que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sinalize qualquer proposta para a categoria que está em greve desde o dia 27 de setembro. A paralisação é por tempo indeterminado e servidores não voltam enquanto não houver as reivindicações aceitas. Em Mato Grosso são 167 agência fechadas e 4.500 funcionários parados.
O presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Mato Grosso (SEEB/MT), Arilson da Silva, criticou postura da federação e disse que servidores querem voltar ao trabalho, mas sem haver uma negociação isso não é possível acontecer.
“A Fenaban já teve várias oportunidades de apresentar proposta para a categoria, mas não faz. Diante disso vamos manter a greve por tempo indeterminado”, informou.
Arilson da Silva disse que os servidores bancários querem valorização profissional e mais segurança nas agências. E argumentou que a primeira proposta da federação era de proporcionar 8% de aumento, o que significa em ganho real menos 0,5%.
O presidente do sindicato explicou que hoje um servidor em início de carreira recebe R$ 1.250 somados de comissão. A meta é que o piso chegue a R$ 2.297.
“Com a primeira proposta da Federação nosso ganho chegaria a 0,5% em ganho real. O piso que estamos buscando a porcentagem está na margem de 20%. Os bancos têm capacidade para proporcionar este aumento”, avaliou.
MAIS GREVES
Os carteiros completaram nesta terça-feira (11) 28 dias de paralisação. A greve iniciou no dia 14 de setembro, a categoria esperava acordo por parte da direção da estatal.
Mas no final da tarde desta terça-feira o Tribunal Superior do Trabalho determinou que categoria retorne às atividades a partir de quinta-feira (13) sob pena de cobrança de multa.
O tribunal ainda autorizou que a empresa desconte dos funcionários sete dos 28 dias não trabalhados, mesmo assim, a greve não foi considerada abusiva. A categoria buscava solucionar dois entraves. O primeiro é relativa aos R$ 200,00 de aumento linear, que os Correios não acatou. O segundo ponto está no impasse sobre os dias parados em que a empresa não abre mão de descontar dos grevistas.
O presidente do Sindicato dos Correios, Francisco da Silva Adão, disse a reportagem que o sindicato acata e vai cumprir a decisão judicial. Argumentou ainda que categoria saiu satisfeita da greve, mesmo não conseguindo alcançar todos os objetivos.
"Com questão judicial não se discute, apenas cumpre. Na quinta-feira estaremos de volta. Conseguimos um reajuste de R$ 80. O valor está bem aquém ao que queríamos, mas não saimos totalmente derrotados da greve", concluiu.
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