Como a pesquisa é feita regularmente há pouco mais de uma década, é possível observar a evolução da série histórica. Entre 2008 e 2019, não houve grandes mudanças no ranking de itens que mais desagradam aos moradores. A ordem dos principais problemas segue a mesma, mas a violência tem agora menos impacto.
Em 2008, quatro em cada dez paulistanos citavam esse item entre os aspectos negativos da cidade - no mês passado, foram 28%, ou seja, houve queda de 12 pontos porcentuais no período. Já as citações ao item "criminalidade" ficaram estáveis: 18% em 2008, 17% em 2019.
Houve pequenos aumentos no desagrado em relação a desigualdade/injustiça social (de 7% para 10%) e a preconceito/intolerância (de 2% para 5%). Os entrevistados pelo Ibope puderam citar até três opções quando questionados sobre o que mais os desagrada. Por essa razão, a soma dos porcentuais das respostas supera 100%.
O mesmo ocorreu em relação a outra pergunta, sobre quais instituições mais contribuem para melhorar a qualidade de vida da população. O item "igreja" ficou no topo do ranking. Um em cada cinco paulistanos veem as instituições religiosas como um fator que amplia o bem estar na cidade. A prefeitura aparece logo atrás, com 19%, junto com ONGs que atuam nos bairros (18%)e empresas privadas (17%). Os meios de comunicação foram citados por 14%.
O item "igreja" já apareceu com mais força em outros momentos: na pesquisa feita em 2015, foi citado por um terço dos paulistanos. Em 2008, por um quarto.
O levantamento do Ibope traz alguns resultados paradoxais: quase 80% dos paulistanos dizem sentir muito ou um pouco de orgulho por viver na cidade. Mas 64% afirmam que, se pudessem, morariam em outro lugar.
A opinião dos moradores sobre a administração municipal também foi medida. A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) foi considerada ruim ou péssima por 35%, e ótima ou boa por 18%. Em relação à pesquisa feita um ano antes, houve aumento de três pontos porcentuais na avaliação positiva e queda de cinco pontos na negativa.
A Rede Nossa São Paulo se descreve como uma organização da sociedade civil que busca articular instituições públicas e privadas em torno de uma agenda que faça a cidade ficar mais "justa, democrática e sustentável".
(Com Agência Estado)
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