"Se eu for eleita presidente, com esta caneta, eu dou transparência no orçamento secreto com um ato exigindo que todos os ministros de Estado deem transparência nas contas. Vão dizer qual é o parlamentar que mandou recurso, e qual é a destinação, para saber se lá na ponta esse dinheiro chegou", disse Tebet hoje na seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), onde participou de uma rodada de sabatinas com os presidenciáveis.
A fala se deu enquanto Tebet respondia uma pergunta sobre o sistema de presidencialismo de coalizão e, neste contexto, a senadora e candidata disse que, sempre foi a favor da reeleição, mas mudou de ideia recentemente. "Hoje sei que o maior problema do Brasil é a reeleição. Faz com que o chefe do Executivo assuma e já pense no que precisa fazer para se manter no poder nos próximos oito anos. E, aí, dá margem a toda sorte de negociatas para fazer tudo que não atende a interesse público e eleitoral para permanecer".
"Vamos lembrar do mensalão, que comprou a consciência dos parlamentares para garantir governabilidade à base de pagamento de mesadas. O mensalão descoberto, se inventou o petrolão", afirmou, destacando a participação de seu partido. "É preciso fazer um mea-culpa em relação a isso. Eu não tive participação direta, mas meu partido sim".
Ela continuou mencionando o orçamento secreto, citando ainda a escalada nos valores pagos. "No mensalão, falávamos em R$ 2 bilhões. Agora estamos falando em R$ 19 bilhões comandados por meia dúzia de parlamentares. A história dirá se estamos diante do maior ato de corrupção do planeta".
(Com Agência Estado)
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