A pasta também informou que a maioria das pessoas que contraiu a síndrome também foi infectada pelo coronavírus. "Cabe ressaltar que estas ocorrências foram raras até o momento, frente ao grande número de casos com boa evolução da doença entre crianças e adolescentes", informou o Ministério da Saúde em nota.
Em maio, a Organização Mundial da Saúde emitiu alerta em que alegava que a síndrome poderia ser associada à covid-19. Entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) também chamaram a atenção para a doença.
Os especialistas não sabem por que a síndrome só ocorre em crianças, nem por que acomete algumas e poupa outras. Um grande estudo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA está no início e vai acompanhar 6 mil crianças para tentar chegar a algumas respostas. Os relatos indicam a apresentação de um quadro muito parecido com o da raríssima Síndrome de Kawasaki, uma inflamação sistêmica de causa desconhecida, mais comum na Ásia.
"A síndrome não ocorre na fase aguda da covid-19. Em geral, aparece depois e pode ocorrer mesmo em crianças que apresentaram um quadro brando da doença", explicou ao Estadão na semana passada a pediatra Tania Petraglia, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj).
A principal complicação da síndrome é a ocorrência de aneurismas na artéria coronária. Se não for tratada adequadamente, a doença pode levar à morte.
(Com Agência Estado)
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