A ciclovia Tim Maia desabou no feriado de 21 de abril de 2016, três meses após a inauguração do trecho que ligava o Leblon a São Conrado, na zona sul do Rio. "Negligenciado o estudo oceanográfico e costeiro, e levada adiante, ainda assim, a obra até então inédita, edificada às cegas do ponto de vista da hidráulica marítima e costeira, os réus cooperaram entre si para o crime, havendo (a) uma inegável relevância causal nas suas várias condutas, todas de igual estatura, já que dirigidas, individualmente, para o mesmo e único desfecho - desabamento seguido de morte -, e (b) um liame subjetivo entre os 15 demandados aqui em julgamento, além, é claro, de (c) uma identidade de infração penal", escreveu o juiz André Felipe Veras de Oliveira, da 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
A pena original é de 3 anos, 10 meses e 20 dias de detenção para cada condenado, mas foi convertida em multa e restrição de direitos. Foram condenados Marcus Bergman, Juliano de Lima, Fabio Lessa Rigueira, Ernesto Ferreira Mejido, Fábio Soares de Lima, Marcello José Ferreira de Carvalho, Ioannis Saliveros Neto, Jorge Alberto Schneider, Fabricio Rocha Souza, Cláudio Gomes de Castilho Ribeiro, Nei Araújo Lima, Luiz Otávio Martins Vieira e Walter Teixeira da Silveira. Além deles, Élcio Romão Ribeiro e Luiz Edmundo Andrade Pereira foram condenados e tiveram extinta a punibilidade devido à idade. Segundo a sentença, todos tiveram algum tipo de atuação na construção da ciclovia, seja na confecção do projeto básico, na confecção do projeto executivo ou na fiscalização da obra.
Até a publicação desta reportagem o Estadão não havia conseguido contato com representantes dos condenados, para que se pronunciassem sobre a decisão judicial.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.