As investigações começaram a partir da morte de Marcus Vinícius Calixto, assassinado em 2018, em Vargem Grande (zona oeste). Escutas telefônicas realizadas com autorização judicial durante a investigação revelaram que ele foi morto por contrariar interesses de um grupo de milicianos que atua no bairro e cujo líder, segundo o MP-RJ, é o capitão da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, conhecido entre os comparsas por capitão Leo. Os investigadores identificaram também a participação do cabo Fernando Mendes Alves, conhecido como Biro, que seria responsável por garantir a proteção dos demais integrantes da milícia. Ele foi preso.
"A principal diferença dessa organização criminosa é que, além de cometerem os crimes tradicionais de milícia, como extorsões, ameaças e homicídios, eles também praticam o crime de tráfico de entorpecentes", afirmou o delegado Antônio Ricardo Nunes, que participou da operação, chamada Porto Firme.
O grupo é acusado por crimes como tráfico de drogas e de armas de fogo, extorsões, homicídios, agiotagem e corrupção ativa, e atua na região de Vargem Grande e Vargem Pequena. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da capital, a pedido do MP-RJ.
O Estadão procurou representantes dos policiais militares acusados de integrar essa milícia, para que se manifestassem sobre a acusação, mas não localizou ninguém até a publicação desta reportagem.
(Com Agência Estado)
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