Segundo o ministro, Bolsonaro pretende, "tanto por declarações e publicações, quanto por meio de induzimento, instigação e auxílio - inclusive financeiro - a Eduardo Nantes Bolsonaro, o espúrio término da análise de sua responsabilidade penal, seja por meio de uma inexistente possibilidade de arquivamento sumário, seja pela aprovação de uma inconstitucional anistia, sempre em troca de conseguir o término das agressões realizadas ao Brasil por meio de medidas econômicas e impedir que as autoridades judiciais, ministeriais e policiais brasileiras sejam apenadas pelo Executivo norte-americano".
Moraes afirmou que a conduta de Bolsonaro "é tão grave e despudorada" que, em uma entrevista coletiva na quinta-feira, 17, data de assinatura da decisão, o ex-presidente "confessou sua consciente e voluntária atuação criminosa na extorsão que se pretende contra a Justiça brasileira, condicionando o fim da taxação/sanção à sua própria anistia".
O ministro do STF citou "vultosa contribuição financeira" de Bolsonaro ao seu filho - o ex-presidente confirmou, publicamente, ter enviado R$ 2 milhões a Eduardo quando o deputado licenciado já estava nos Estados Unidos. Segundo ele, esse repasse, somando às publicações do ex-presidente, "são fortes indícios do alinhamento" do ex-presidente ao seu filho "com o claro objetivo de interferir na atividade judiciária e na função jurisdicional desta Suprema Corte e abalar a economia do País".
Moraes alegou que "as graves condutas ilícitas demonstram que" Bolsonaro está atuando junto a Eduardo "nos atentados à soberania nacional, com o objetivo claro de interferir no curso de processos judiciais, desestabilizar a economia do Brasil e pressionar o Poder Judiciário".
O ministro ainda afirmou que Bolsonaro "está atuando dolosa e conscientemente de forma ilícita" com Eduardo para "tentar submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado estrangeiro". Moraes defendeu a soberania do Brasil e disse que o País "não permitirá qualquer tentativa" de submeter seus atos ao crivo de outro país, "por meio de atos hostis derivados de negociações espúrias e criminosas de políticos brasileiros com Estado estrangeiro".
(Com Agência Estado)
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