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Brasil Sexta-feira, 19 de Agosto de 2022, 21:15 - A | A

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Sexta-feira, 19 de Agosto de 2022, 21h:15 - A | A

Gabriel Monteiro já pedia votos para deputado federal minutos após ser cassado

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Minutos após ser cassado pelos vereadores da Câmara Municipal do Rio, na noite de quinta-feira, 18, o agora ex-vereador Gabriel Monteiro (PL) anunciou nas redes sociais: "Serei o deputado federal mais combativo". Registrado para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, o ex-parlamentar em seguida informou o número de sua candidatura e pediu votos também para a irmã, candidata a deputada estadual no Rio.

"Fui eleito e em menos de dois anos provei que função de vereador é fiscalizar e não ficar curtindo ar condicionado no gabinete", escreveu. "Deus meu deu o mandato, Deus tomou o mandato, glória a Deus por tudo".

Com 6,9 milhões de seguidores no Facebook, 6,35 milhões no Youtube, 4,4 milhões no Instagram e 410 mil no Twitter, há anos Monteiro é um fenômeno nas redes sociais. Em 2020 ele se elegeu vereador do Rio de Janeiro com 60.326 votos, a terceira maior votação daquele pleito. Ficou atrás apenas de Tarcísio Motta (PSOL), que recebeu 86.243 votos, e Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), que amealhou 71.000.

O número de votos necessários para se eleger deputado federal varia a cada eleição e depende do partido ao qual o candidato é filiado. Em 2018, o deputado federal eleito com menor número de votos (Jean Wyllys, do PSOL) recebeu 24.295 (40% dos votos que Monteiro obteve em 2020).

A lei torna um vereador cassado inelegível por oito anos contados a partir do fim daquele mandato. Em tese, Monteiro não poderia se candidatar a nenhum cargo público até 1 de janeiro de 2033. Mas, quando pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) o registro de sua candidatura, em julho, Monteiro ainda não tinha sido cassado. O Conselho de Ética da Câmara não havia apresentado seu parecer, nem havia qualquer outro impedimento oficial.

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio (PRE-RJ), órgão do Ministério Público Federal responsável por fiscalizar as candidaturas, tinha cinco dias para impugnar a candidatura de Monteiro. Não o fez, porque entendeu não haver argumentos.

Em 5 de agosto, último dia para apresentar impugnações à candidatura de Monteiro, o advogado e candidato a deputado estadual fluminense pela federação Rede-PSOL André Magalhães Barros ajuizou no TRE-RJ uma ação de impugnação do registro da candidatura do agora ex-vereador. Essa ação se baseia nos mesmos relatos e fundamentos elencados pelo Conselho de Ética da Câmara para recomendar a cassação do então vereador.

Monteiro foi acusado de quebra do decoro parlamentar por quatro condutas: filmar e armazenar imagens de relação sexual praticada com uma adolescente de 15 anos; filmar e exibir uma criança levada a um shopping e exposta a situação vexatória; fazer carícias acintosas em que uma menina que é levada a um salão de beleza; e por um vídeo em que um rapaz em situação de rua é ameaçado e agredido por assessores de Monteiro. A ação está em trâmite e deve ser enviada à PRE-RJ para que, na condição de fiscal da lei, emita um parecer. O ex-vereador nega todas as acusações.

Paralelamente, logo após a cassação, na própria quinta-feira a federação Rede-PSOL avisou oficialmente ao TRE-RJ sobre a cassação. A própria Câmara Municipal informou que também faria essa comunicação à Justiça Eleitoral nesta sexta-feira, 19.

Por enquanto, no entanto, a campanha de Monteiro continua. Procurado pela reportagem para se manifestar sobre a ação que pede sua inelegibilidade, o ex-vereador não havia se respondido até à publicação deste texto.

(Com Agência Estado)

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