Ciro participa nesta manhã, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), de uma das várias audiências que a casa tem feito com os candidatos à Presidência.
"Só o Brasil tem seis tributos sobre valor adicionado. O mundo tem um e o que eu defendo é o IVA Imposto sobre Valor Agregado", disse.
Para o candidato, o grande problema do Brasil é o colapso das finanças dos Estados. Por isso, ele defende a proposta de refinanciamento do passivo dos Estados. "Um novo modelo econômico, um novo modelo de governança política".
Juros
Ciro Gomes voltou a atribuir a atual situação de baixo crescimento da economia e elevado índice de desemprego e desestruturação do quadro fiscal à expansiva taxa de juros. Ao conversar com jornalistas antes de entrar para evento da ACSP, onde fala nesta manhã para representantes do comércio paulistano, o pedetista destacou as dificuldades pelas quais o setor vem passando há mais de dez anos. De acordo com Ciro, essa dificuldade do comércio, que ficou aguda na pandemia, revela os problemas que levaram à perdição de toda uma década.
"Ao meu ver, a estagnação que nos trouxe a essa década toda perdida é o modelo econômico cujo a grande variável é o juro muito alto. E se o juro é muito alto, você erode completamente a economia popular, o consumo despenca. Nós estamos com a menor renda mínima histórica, o salário mínimo típico do Brasil é o menor dos últimos 20 anos em termos de poder de compra", disse o candidato.
Ciro, então, voltou a falar sobre uma proposta que já constava do seu programa de 2018, que é a de reestruturar a dívida das famílias. Seria, de acordo com ele, um contingente de 66,6 milhões famílias a ser chamado para renegociar suas dívidas.
"Com isso eu consigo fazer a grande alavanca da economia, que é o consumo das famílias", disse Ciro, acrescentando que num eventual governo dele o salário mínimo "galopará" acima da variação da inflação e do crescimento do PIB com um ajuste nas contas públicas.
(Com Agência Estado)
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