Em sua fala em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro defendeu a liberdade de expressão, no entanto se negou a responder a perguntas dos jornalistas. O presidente afirmou que Legislativo e Judiciário precisam ser "independentes" - mas apelou para que "não mergulhem o Brasil em uma crise política".
Bolsonaro criticou o inquérito do Supremo que apura ocorrências de fake news contra membros da Corte e disse que trabalhou até tarde no dia de ontem para contornar a situação que colocou seus aliados na mira da Polícia Federal.
Ele destacou que a democracia é "sagrada" e disse, de forma exaltada, que busca a "paz, harmonia, independência e respeito".
"A democracia é algo sagrada e admite que todos estejam preocupados com ela. Não basta apenas um ou dois Poderes se preocupar, todos devem se preocupar com ela (sic)", disse.
Bolsonaro se dispôs a conversar com os chefes de cada Poder, citando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o ministro Luiz Fux, do STF, que responde interinamente pela Corte.
Bolsonaro sugeriu ainda, sem detalhar nomes, que querem o tirá-lo da "cadeira" de presidente. "Inventar factóides e fake news contra a minha pessoa para me tirar da minha cadeira: não vão tirar", disse.
Mais cedo, Bolsonaro havia declarado que não admitirá "decisões individuais" e "monocráticas" em um alerta velado ao STF. "Chega". "Acabou, porra!", esbravejou. "Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase que pessoais certas ações", disse. "Não teremos outro dia igual ontem. Chega. Chegamos ao limite. Estou com as armas da democracia na mão", completou.
(Com Agência Estado)
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