No decreto, Witzel cita os "fatos graves amplamente repercutidos na imprensa a respeito do atraso e deficiência na gestão" dos hospitais para justificar a intervenção. Apesar de prometidos para o dia 30 de abril, a única unidade dentre as geridas pela Iabas a ser entregue foi a do Maracanã, na zona norte da capital - e parcialmente.
Além disso, há indícios de desvios de recursos por meio de superfaturamento, segundo o Ministério Público. A empresa firmou contrato de R$ 835 milhões com o governo, de forma emergencial, para administrar os hospitais de campanha. E haveria, segundo os investigadores, "prova robusta" de que há um esquema de corrupção em torno deles. Ligada à secretaria, a Fundação Estadual de Saúde será responsável pela gestão a partir de agora.
Em meio a isso, a Assembleia Legislativa instaurou nesta terça-feira, dia 2, uma comissão especial que vai analisar os contratos assinados pelo Executivo no âmbito da pandemia. Presidido pela deputada Martha Rocha (PDT), o grupo já determinou, por exemplo, a oitiva do secretário de Saúde, Fernando Ferry, e do ex-chefe da pasta Edmar Santos, além da presença de integrantes do Ministério Público e do Tribunal de Contas para acompanhar os trabalhos.
Além da comissão, Witzel vive na Alerj a iminência da abertura de um processo de impeachment - justamente por causa do suposto esquema de corrupção. Três pedidos foram apresentados na semana passada.
(Com Agência Estado)
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