Fauzi, que viajou para a Rússia cinco dias depois do crime, está preso em Moscou desde o início deste mês e aguarda a extradição para o Brasil. Na mesma decisão que tornou Fauzi réu, nesta terça-feira, 22, a Justiça determinou sua prisão preventiva.
O MP-RJ considera que, ao lançar os artefatos explosivos, Fauzi assumiu o risco de matar o vigilante que estava trabalhando na portaria do edifício. Como a porta de acesso ao edifício é de vidro, o vigilante podia ser visto pelo lado externo. Segundo o Ministério Público, o vigilante só não morreu porque teve pronta reação, conseguindo controlar o incêndio causado e fugir do imóvel, apesar de a portaria ser pequena, com apenas uma saída.
Segundo a denúncia, o delito foi praticado por motivo fútil - Fauzi, que segundo a investigação agiu acompanhado por outros quatro comparsas ainda não identificados, discordou do conteúdo de um episódio especial de Natal protagonizado pelo Porta dos Fundos e produzido pela produtora atacada.
Para o juiz Alexandre Abrahão, da 3ª Vara Criminal do Rio, há indícios de autoria, com base no relato da vítima e de testemunhas, assim como há risco à garantia da ordem pública caso o acusado seja mantido em liberdade.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE EDUARDO FAUZI
Em nota, o escritório ROR Advocacia Criminal, que defende Fauzi, afirma que seu cliente não arremessou qualquer artefato contra a produtora e diz que "recebeu com surpresa" a decisão judicial de aceitar a denúncia. "Soa absurdo que, mesmo havendo um laudo pericial extenso" e "vários estudos do Instituto de Criminalística da Polícia do RJ afirmando que não houve explosão e risco contra a vida de qualquer pessoa", Fauzi seja julgado "como um homicida". O escritório afirma ainda que "demonstrará a desnecessidade da decretação da prisão preventiva" e provará a inocência de seu cliente "de forma cristalina".
(Com Agência Estado)
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