Estão chegando as eleições municipais e os futuros gestores irão, de certa forma, sonhar e vender seus sonhos para que o eleitor seja conquistado. A questão é quem vai pagar a conta da realização destes sonhos? Com que dinheiro serão realizados tantos benefícios? De onde virão os recursos para tantas obras novas?
Uma coisa é certa: o gestor que quiser fazer algo grandioso para seus munícipes e assim ir além do básico terá que criar condições para aumentar a arrecadação. E como aumenta a arrecadação? Aumentando as atividades econômicas do município, melhorando as condições para circulação de divisas e aumentando o poder de compra das pessoas que por ali circulam. Mas como fazer isso? Segundo Ludwig von Mises, “a economia não trata de coisas ou de objetos materiais tangíveis; trata de homens, de suas apreciações e das ações que daí derivam”.
Apesar dos municípios serem áreas de limítrofes geográficos definidos, a economia não é. Ela tem características regionais e em virtude disto, na era da globalização, as condições de trabalho precisam ganhar qualificação profissional e incentivos ao micro e médio empreendedor, como acompanhamento técnico e organização atenta as leis vigentes. Para Carl Von Clausewitz, “a estratégia é uma economia de forças”.
Vejamos, é comum ao viajarmos encontrarmos pelas estradas uma placa aqui e outra acolá escrita “pastel frito na hora”. A primeira vista até pode parecer bom, mas com raras exceções, o pouco movimento nos sugere que há uma baixa qualidade de inspeção sanitária. Logo vem a pergunta, qual a qualidade do produto oferecido?
O óleo que está fritando este pastel é trocado com frequência? Quais as condições de higiene em que foram preparados a massa e o recheio? Será que se uma mosca cair no óleo quente ele é trocado ou simplesmente tira a mosca e continua a fritura? Não sei responder, o consumidor também não sabe. Sem falar das galinhas pulando sobre as mesas e dos cachorros lambendo as pernas dos clientes. Quem já não presenciou isso a beira de uma estrada?
Pois bem, isto é apenas um exemplo de desperdício de esforço que não traz conforto para o empreendedor e nem arrecadação para o município. É papel do agente público, prefeitos e vereadores, eleito criar condições educativas tanto na arte de empreender quanto de organização da produção e serviços se quiser melhorar as condições dos cofres municipais.
Outro fator que termos de estar atentos é que se a economia é regionalizada, as politicas não podem ser isoladas. Entre as diversas politicas propostas nestas eleições, terá que estar presente a construção de estradas econômicas que envolvam mais de um município. Não é mais possível um turista descer no aeroporto Marechal Rondon em Várzea Grande, percorrer 200 km até Cáceres e ver as margens das estradas apenas cartazes de pastel “frito na hora”.
Quantos empreendimentos com atrativos gastronômicos, artísticos e artesanais poderíamos ter neste percurso de 200 Km? As pessoas sentem fome, sentem sede e, na maioria das vezes, não tem onde parar. Se pudessem, entre uma parada e outra, encontrarem locais organizados, higiênicos e atrativos, estes mesmos viajantes passariam a consumir mais que um pastel “frito na hora”, deixando lucro ao proprietário e impostos ao município.
O mesmo procedimento deve ser pensado para a industrialização de matéria prima. Aqui já temos empreendimentos de médio e grande porte. Eles não poderão ser privilégios de um município, terão que ser compartilhados na região onde a matéria prima é abstraída, isso é pensar em rede.
Construir caminhos de progresso e incremento da economia é tarefa de quem quer representar o povo e conquistar o eleitor. Como acentua Adam Smith, “a riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes”. Os futuros gestores deverão projetar estradas econômicas para mostrar ou irão continuar nas barraquinhas de feira comendo pastel frito na hora para ganhar voto para depois de eleito comer pastel “frito na hora” a beira das estradas ao sabor de moscas mortas ao óleo vencido.
*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.
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Carlos Nunes 20/07/2016
Em 2016/2017 o rombo nas contas públicas será superior aos 300 Bilhões de reais (170,5 em 2016 e 139 em 2017)...depois das eleições virão as MEDIDAS IMPOPULARES do Temer, para salvar a Economia, enterrada até o pescoço pelo governo da Dilma. Medidas Impopulares significam "ferro no povo" - vão rapar o bolso, sem choro nem vela. Então, o candidato a prefeito, seja de que município for, que prometer "o mundo e o fundo", que vai fazer isso ou aquilo, é só um contador de piadas, de estórias sem graça. Tá igual ao ex-secretário da Secopa, que agora no depoimento, disse: que o VLT do Porto em Portugal (aquele que a comitiva daqui foi e voltou animada), dá anualmente ao governo português um prejuízo de 1 Bilhão de reais (só faltou transformar em euros)...não era piada de português, era prova de que o VLT dá prejuízo e eles sabiam de tudo, mas a propaganda marqueteira do governo anterior, mostrava tudo...só não mostrava que o negócio ia dar prejuízo. Quem é que ia fazer um negócio que dá prejuízo? Então, agora, candidato a prefeito que prometer muito...pode ser chamado de "o grande mentiroso"; e nós, os eleitores, os verdadeiros donos do Poder, de "idiotas". Idiota é quem acreditar no candidato, ou não? NÃO VENDA O VOTO JAMAIS.
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